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Lírio Parisotto virou réu no processo sobre agressão contra a ex-companheira, Luiza Brunet.

A Justiça de São Paulo aceitou a denúncia contra o empresário de 62 anos feita esta semana pelo Ministério Púlbico.

Parisotto é acusado pelo crime de lesão corporal após ter sido apontado pela ex-modelo como o responsável por dois episódios de agressão contra ela.

Em um dos casos, em maio deste ano, Luiza Brunet ficou com quatro costelas quebradas. No outro, em dezembro de 2015, a atriz fraturou um dedo. A denúncia do MP usou como base laudos do Instituto Médico-Legal.

Se condenado, o empresário pode ter de cumprir pena de um a cinco anos de reclusão, segundo o Ministério Público.

Parisotto está sujeito a pena de prisão de três meses a três anos, se a Justiça considerá-lo culpado por lesão corporal leve, ou até de um a cinco anos, em caso de lesão corporal grave.

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Relembre o caso:

Luiza Brunet revelou a agressão que a deixou com quatro costelas quebradas no começo do mês, em entrevista ao colunista Ancelmo Gois, do jornal "O Globo". A ex-modelo relatou o ataque cometido na madrugada de 21 de maio, no apartamento de Lírio, em Nova York.

Segundo Brunet, a briga começou ainda no restaurante onde o casal jantava com amigos. O empresário teria se exaltado com um pergunta sobre a ideia de ir até uma exposição de fotos. Irritado, Lírio disse que não queria ser confundido com o ex-marido da ex-modelo, como já ocorreu em outra ocasião.

"Fui para Nova York acompanhá-lo para o evento Homem do Ano. Saímos do restaurante e pegamos um Uber. Ao chegar ao apartamento, ele me deixou dentro do carro e subiu", contou Luiza.

Já no apartamento, a atriz contou que o empresário a atacou com xingamentos antes de dar um soco em seu olho, seguido de chutes. Imobilizada no sofá, Luiza teve quatro costelas quebradas.

A ex-modelo conseguiu se soltar após dizer que gritaria por ajuda. Ela correu para o quarto e se trancou.

No dia seguinte, Brunet diz ter saído escondida do local e, em seguida, embarcou em um avião com destino ao Brasil.

A ex-modelo se submeteu a um exame de corpo de delito no IML e a queixa representada no Ministério Público de São Paulo.

"Eu sempre tive uma família estruturada e sempre fui discreta em minha vida pessoal. É doloroso aos 54 anos ter que me expor dessa maneira. Mas eu criei coragem, perdi o medo e a vergonha por causa da situação que nós, mulheres, vivemos no Brasil. É um desrespeito em relação à gente. O que mais nos inibe é a vergonha. Há mulheres com necessidade de ficar ao lado do agressor por questões econômicas, porque está acostumada ou mesmo por achar que a relação vai melhorar", concluiu.

Dias depois, já impedido pela Justiça de se aproximar da ex-companheira, Lírio Parisotto se defendeu nas redes sociais, dizendo que nunca agrediu homem ou mulher.

(Foto: reprodução/Instagram)