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É descendente de indígenas

Capa da Playboy, Poliana Paula explica por que não usa fantasia de índia: "Eles se sentem ridicularizados"

Stéfanie Rigamonti/RedeTV!

(Foto: Reprodução/Davi Borges)

A modelo brasileira Poliana Paula, que já fez ensaios para várias revistas masculinas e que em 2018 decolou ao ser capa da Playboy na Itália e em Portugal, é conhecida como a musa da miscigenação. Isso porque é descendente de quatro raizes culturais: indígena, portuguesa, italiana e brasileira. Mas apesar de ter os índios em sua raiz, descarta usar fantasias com essa temática no Carnaval.

Em entrevista ao portal RedeTV!, a beldade falou sobre apropriação cultural e o direito dos índios no Brasil. Questionada por que se recusa a usar fantasia com a temática mesmo sendo descendente de povos originários, a modelo foi direta: "Levo a cultura indígena no meu sangue. Não acho esse tema de fantasia legal".

De acordo com a modelo, apesar de toda polêmica em torno do assunto, ela prefere não desrespeitar símbolos tão importantes para essa cultura. "Existem muitos índios que não gostam e não se sentem confortáveis com o uso de suas vestimentas como fantasia. Eles se sentem ridicularizados", explicou a musa. "Outros até aceitam como uma homenagem. Prefiro não ir contra aqueles que ficam ofendidos", posicionou-se.

(Foto: Reprodução/Davi Borges)

Segundo a beldade, muitas peças das roupas dos índios têm ligação com questões importantes, como religiosas, e ao serem inseridas no Carnaval acabam perdendo o contexto e todo seu valor. "Há uma tradição por trás da maneira como os índios se vestem. Para muitos, a forma como pintam o corpo está relacionada, inclusive, a crenças espirituais", informou.

Durante a entrevista, a musa aproveitou para dar uma alfinetada em quem insiste em se apropriar dessa cultura no Carnaval. "Na minha opinião, quando fazemos algo apenas para satisfazer o nosso 'ego', provocando a infelicidade do outro, é um desrespeito", disparou. "Existe tanta fantasia, tantos personagens, tanta história para divulgar, para relembrar. Para que usar roupas que trarão sofrimento e desconforto? Coloque-se no lugar do outro. O Carnaval é para espalhar amor e alegria", completou.


(Foto: Reprodução/Davi Borges)

Poliana Paula, então, sugeriu outra forma de homenagear os índios e exaltar toda sua tradição cultural no Brasil. "Não destruindo os poucos lugares onde lutam por terra e respeito. Que as pessoas tomem consciência que eles também são seres humanos, e fazem parte da nossa história e cultura", disse a modelo.

A bela ainda não participa de nenhuma ação social em prol dos indígenas, mas afirmou que já está planejando campanhas em apoio à causa: "Quero muito colocar foco na situação horrível que vem acontecendo no que diz respeito à matança de animais e à destruição da nossa natureza", finalizou.

Nudez como trabalho

Poliana Paula é sucesso no universo das revistas masculinas. Além de ter sido capa da Playboy Itália, em outubro de 2018, e Portugal, em dezembro do mesmo ano, a musa já posou para outras grandes publicações, como o site Diamond Brazil. Ao contrário de muitas modelos, que aceitam ser fotografadas nuas por causa do dinheiro, a morena não esconde que tem prazer por esse tipo de trabalho, e é por meio de sua nudez que pretende ser reconhecida. “Quando se faz o que gosta, o dinheiro não é tudo”, disse certa vez em entrevista.

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