16/04/2024 14:55:00 - Atualizado em 16/04/2024 14:56:00

Relatório do CNJ aponta que Moro, Dallagnol e Hardt se uniram para desviar R$ 2,5 bilhões

Redação RedeTV!

Documento diz que os três "assumiram indevidamente o papel de representantes do Estado brasileiro junto à Petrobras e a norte-americanos"

(Foto: EFE)

Um documento sigiloso feito pela Corregedoria Nacional de Justiça (CNJ) apontou que o ex-juiz e senador Sergio Moro (União-PR), o ex-deputado Deltan Dallagnol e a juíza afastada Gabriela Hardt atuaram no desvio de quase R$ 2,5 bilhões do estado brasileiro para “uma fundação voltada ao atendimento a interesses privados”.

O documento é assinado por Élzio Vicente da Silva, delegado da Polícia Federal (PF), que auxilia o corregedor nacional de Justiça, o ministro Luis Felipe Salomão, em ação do CNJ para apurar a atuação de Moro durante a Operação Lava Jato.

Segundo o documento, o grupo teria atuado para desviar recursos públicos entre 2016 e 2019, em Curitiba (PR). Eles atuaram por meio de “atos comissivos e omissivos”, auxiliados por agentes públicos estadunidenses, dois gerentes e alguns representantes da Petrobras

Moro teria aberto voluntariamente um processo sigiloso para "permitir o repasse não questionado de valores oriundos de acordos de colaboração e de leniência para a conta da Petrobras, alimentando a empresa com dinheiro dos acordos", de acordo com o documento.

O relatório aponta que os integrantes da força-tarefa da Lava Jato tinham intenção de direcionar para Petrobras uma parte da multa que seria aplicada por conta de contratos irregulares. 

De acordo com o documento, eles tinham consciência de que os EUA apuravam casos de corrupção na estatal, e que os membros da força-tarefa da Lava Jato "assumiram indevidamente o papel de representantes do Estado brasileiro junto à Petrobras e a norte-americanos".

Em nota, Serio Moro negou as conclusões do documento e afirma que foram devolvidos “cerca de R$ 2,2 bilhões, sem que nenhum centavo tenha sido desviado”.

Confira a nota na íntegra.

O fato objetivo descrito no relatório provisório da Corregedoria do CNJ - ainda pendente de aprovação - é que foram devolvidos diretamente de contas judiciais da 13 Vara de Curitiba para a Petrobras, vítima inequívoca dos crimes apurados na Operação Lava Jato, cerca de R$ 2,2 bilhões, sem que nenhum centavo tenha sido desviado. Idêntico procedimento foi adotado pelo STF à época.

O juiz Sergio Moro deixou a 13 Vara em outubro de 2018, antes da constituição da fundação cogitada para receber valores do acordo entre a Petrobras e autoridades norte-americanas e jamais participou da discussão ou consulta a respeito dela. A especulação de que estaria envolvido nessa questão, sem entrar no mérito, não tem qualquer amparo em fato ou prova, sendo mera ficção.

Veja também!

- Projeto da LDO mantém meta de déficit zero para 2025

- Governadores discutem renegociação de dívidas com presidente do Senado

- Brasil condena qualquer ato de violência, diz chanceler sobre Irã

Confira o nosso canal 'Notícias RedeTV' no Youtube:

Recomendado para você

Comentários