24/05/2024 19:20:00

Estelionato sentimental: entenda como reconhecer, prevenir e superar o "Golpe do amor"

Gabriela Morais com supervisão de Ana Martins/ RedeTV!

O crime é conhecido por relações de afeto, que seduzem as vítimas

(Foto: Reprodução/Freepik)

Conhecido por ser um caso com envolvimento seduzente e relações amorosas de afeto físico ou à distância, esse é o 'Golpe do amor', identificado como estelionato emocional. Cada vez mais frequente, o crime está se tornando comum na criminalidade brasileira. 

Ainda não especificamente apontado no Código Penal brasileiro, a advogada criminalista Janaina Ferreira revela que esse golpe se encaixa no artigo 171 do Código Penal, que trata dos crimes de estelionato. 

A especialista destaca que entre os elementos essenciais para a configuração do delito está a indução da vítima em erro. Nesse caso, por meio de aparência de boa-fé e de credibilidade, o agente aproveita-se da relação falsamente criada por ele para obter vantagens patrimoniais.

O crime acontece geralmente pelas redes sociais, onde os abusadores têm como perfil de vítima mulheres solteiras e estáveis financeiramente, em sua maioria. Apesar das características, a doutora explica que outros perfis também podem acabar caindo no golpe. "É um golpe muito elaborado, muito bem feito. Qualquer pessoa pode cair. Essa aqui é a realidade", explica Janaina. 


A advogada pontua que ao notar que está sofrendo este tipo de abuso, o primeiro passo é que seja feito um boletim de ocorrência. Tendo em vista que a grande parte das vítimas relacionadas ao delito são mulheres, há grandes chances de haver outros tipos de violências, para além da patrimonial, tipificadas da lei Maria da Penha, tais quais: violências psicológica e patrimonial. 

Para pessoas que identificarem que estão passando por algum tipo de golpe, o ideal é que procure a delegacia da mulher mais próxima, oportunidade na qual poderá inclusive solicitar medidas protetivas em face ao autor. 

Além da proteção judicial, Janaina reforça a necessidade de um acompanhamento psicológico e apoio a vítima após esse evento traumático. "É preciso contar com sua rede de apoio, você não está sozinho, você tem sua família, você tem amigos, há profissionais de ajuda para isso, psicólogos, psiquiatras e terapeutas", aconselha a especialista.

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