Entenda o que é disforia de gênero, condição de Maya Massafera
Gabriela Morais com supervisão de Ana Martins/ RedeTV!A influenciadora vem sofrendo com a condição comum em pessoas trans
(Foto: Reprodução/Redes sociais)
Na última quarta-feira (22), Maya Massafera usou as redes sociais para tranquilizar seus seguidores sobre as crises de disforia que teve. De acordo com a influenciadora, o episódio chegou a impactar na viagem que faz na França, para participar do Festival de Cannes.
"Às vezes do nada, ou por algum motivo, tenho disforia muito grande. Isso começou quando eu comecei a minha transição. Os médicos me falaram que é normal para muitas meninas trans sentirem isso nos primeiros anos de transição!!! Às vezes a disforia é tanta, que eu prefiro ficar sozinha e não ser vista por ninguém", relatou.
A disforia de gênero é algo comum em pessoas trans e causa ansiedade no indivíduo ao não se sentir confortável com características masculinas ou femininas de seu corpo. O psiquiatra Eduardo Perin destaca que a disforia ocorre principalmente antes da transição de gênero.
“Quando a pessoa nasce com o corpo que ela não se reconhece, passa a se sentir mal com as características que tem. Em ambientes sociais, ela se sente desconfortável, como se estivesse fazendo um papel que não é dela”. O especialista ainda alerta sobre casos extremos, onde pode chegar até ao suicídio.
Perin aponta que a cirurgia de resignação de gênero é a melhor forma de lidar com a disforia. Entretanto, não é o ponto final para quem deseja passar por essa transição.
O psiquiatra Eduardo Perin, especialista em Terapia Cognitiva-Comportamental (TCC), completa que ao iniciar a transição é fundamental que o paciente inicie um tratamento multidisciplinar com diversos especialistas. “É bastante amplo. Existem centros de atendimentos de pacientes trans. Essa equipe cuida desse processo transicional”.
A psicoterapia tem o papel de preparar a pessoa para o processo pré-cirúrgico, auxiliando na transição social e na transição hormonal. De acordo com o psicólogo, após a transição os níveis de depressão, uso de substâncias, tentativas de suicídios tendem a cair. "Apenas 10% não se sente bem após a mudança, desenvolvendo uma nova disforia pelo novo corpo", completa Perin.
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