25/05/2024 19:22:00 - Atualizado em 25/05/2024 19:27:00

Crimes brutais: existe relação entre homicídios e transtornos mentais?

Gabriela Morais com supervisão de Ana Martins/ RedeTV!

Casos de filhos que matam os pais ou pais que matam filhos chocam o país 

(Foto: Reprodução/ Redes Sociais)

Mesmo chocando o Brasil, crimes de parricídio, quando uma pessoa mata os próprios pais, ou filicídio, quando pai ou mãe mata os filhos, não são casos isolados e nesta semana alguns casos ganharam repercussão.

Sempre que um crime brutal ocorre, uma discussão toma conta da sociedade e perguntas tentam justificar o que motivou tal caso. Muitas vezes algumas situações podem ser justificados através da ciência, que com laudos, pode verificar traços de transtornos mentais em criminosos condenados.  

De acordo com psiquiatra e psicoterapeuta Wimer Bottura, pessoas diagnosticadas com alguns transtornos são mais vulneráveis a prática de crimes. Além disso, pessoas em estado de intoxicação exógena por algum tipo de droga ou substância, podem predispor uma "postura assassina". 

O especialista explica que não há um perfil comportamental mais suscetível a cometer esses crimes, mas que o transtorno pode influenciar. "Há uma voz que ordena que mate os avós, por exemplo", comenta. 

Sobre casos como o jovem que matou a família em São Paulo após ter seu celular confiscado, Wimer argumenta que é preciso ter uma interferência por um vínculo emocional, para evitar que se cheguem as vias de fato, como nos crimes brutais. "O limite só funciona, quando se tem vinculo. Caso contrário, ira gerar brigas, violência, rebeldia, falsidade, vai gerar distúrbios maiores", explica. 

Além disso, o psiquiatra destaca a importância de um tratamento psicológico, que em alguns casos pode ser feito com medicamentos antipsicóticos. "É muito comum as pessoas terem preconceito com o uso dos remédios alegando que eles tiram o sentimento, mas é importante entender que existem pessoas que se não estão medicadas são extremamente perigosas e são capazes dos piores crimes', alerta.

Nesta semana, o delegado, que investiga o caso do adolescente que matou a família, revelou que o jovem deve passar por exame de sanidade mental, por não ter expressado arrependimento após o crime.

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