09/07/2022 19:03:00 - Atualizado em 09/07/2022 19:04:00

Crítica - Thor: Amor e Trovão, o MCU precisa respirar (e os fãs também)

Weslley Domingues/Redação RedeTV!

O longa consegue implementar novas ideias e deixa em evidência que os fãs precisam colocar os pés no chão 

(Foto: Divulgação/Disney-Marvel)

Após a chegada de 'Dr. Estranho no Multiverso da Loucura' (2022), a pergunta que restou é de como seria o futuro do MCU, já que o título trazia uma história mais fechada e pé no chão. Agora com Thor: Amor e Trovão temos essa resposta concreta.

O Deus do Trovão agora está numa jornada diferente de tudo o que já enfrentou – a procura pela paz interior. Mas a reforma é interrompida por um assassino conhecido como Gorr, o Carniceiro dos Deuses, que procura a extinção dos deuses. Para combater a ameaça, Thor pede a ajuda da Rei Valkiria, de Korg e da ex-namorada Jane Foster, que  empunha inexplicavelmente o seu martelo mágico, Mjolnir, e se intitula a Poderosa Thor.

Vendo a proposta, parece que o universo terá uma grande expansão de personagens, e até tem, porém algumas idéias que poderiam ser utilizadas a longo prazo são finalizadas nele ou tratadas de forma superficial. Um dos acertos sem dúvidas está na trilha sonora, carregada de Guns N' Roses, a ambientação e sua colorização.

Assim como Multiverso da Loucura, Amor e Trovão consegue proporcionar boas sensações, entre riso e tensão, porém os fãs devem não acabar morrendo de amores do roteiro. O longa busca tratar de assuntos como 'vida e morte', 'quem realmente somos?' e 'nosso propósito'. Analisando a proposta de 'Thor: Amor e Trovão', é algo interessante, mas trazer de tudo um pouco ao longo de suas 2 horas, o filme acaba se tornando uma espécie de 'especial' daqueles que vemos ao final do ano.

Trazendo novamente Taika na direção, o filme busca reciclar a casa de ideias do Deus do Trovão. Porém, ao estarmos acostumados com a crescência assustadora no MCU, como em 'Sem Volta para Casa' (2021) ou 'Multiverso da Loucura', o longa pode não saltar os olhos como seu anterior, 'Thor: Ragnarok'.

No filme anterior, Hela (Cate Blanchett) acabava tendo grande impacto na vida de Thor, porém existiam diversos males na trama. Por mais que Christian Bale assuste em sua atuação como Gorr, e relembre Nosferatu (1922), o personagem acaba não sendo tão bem aproveitado, se tornando um pequeno empecilho no que o filme deseja realmente abordar ao longo da trama.

Um dos pontos de destaque, e principal dentro do longa, sem dúvidas é Jane Foster (Nathalie Portman). O papel da atriz, agora que assume alcunha de 'poderosa thor' é vital na evolução do deus do trovão (Chris Hemsworth). Valkyrie (Tessa Thompson) e Korg (Taika Waititi) ficam encarregados do suporte a parte cômica.

Um fato a se destacar desde então é que, os fãs que não se afeiçoarem a trama precisam compreender que para desenvolver um personagem que interliga os filmes, como Thanos, é necessário tempo e planejamento. 'Amor e Trovão' consegue implementar novas ideias, porém algumas delas devem se vingar a longo prazo, sendo assim é um filme de passagem, leve, necessário como trampolim para formar algo maior. 

Até mesmo a Marvel precisa colocar os pés no chão e fazer histórias que não sejam tão expansivas, trazendo propósitos menores como a evolução de um personagem, vide 'Guardiões da Galáxia Vol.2'. E quem também precisa aprender isso é o público.

Nota: 3/5

Veja também!

>>> Câmara dos Deputados adia votação da PEC que concede benefícios sociais

>>> Conselho do FGTS aprova renda maior para Casa Verde e Amarela

>>> Rosângela Moro confirma pré-candidatura a deputada federal

Assista aos vídeos e inscreva-se no canal da RedeTV! no YouTube

Recomendado para você

Comentários