13/07/2022 16:54:00 - Atualizado em 13/07/2022 16:55:00

Crítica: 'O Telefone Preto' traz fôlego com qualidade ao gênero de terror

Redação RedeTV!

Tensão acompanhada de um roteiro simples e bem articulado faz com que o longa se torne um dos melhores filmes de terror do ano

(Foto: Reprodução Universal/Blumhouse)

Se em Stranger Things temos diversas referências ao mestre do terror, Stephen King, a Blumhouse apostou em um dos sucessos do filho do escritor, Joe Hill. Telefone Preto vem para agregar positivamente no nicho cinematográfico do terror e apresentar um novo longa que realmente cause grande tensão no público, coisa que não víamos a tempos.

No enredo, Finney Shaw (Mason Thames) um tímido garoto que acaba sendo raptado por um assassino (Ethan Hawke) que o prende num porão à prova de som. Quando um telefone desligado começa a tocar, Finney descobre que consegue ouvir as vozes das vítimas anteriores e elas estão decididas a ajudar o garoto.

Do início ao fim, o longa dirigido por Scott Derrickson (Doutor Estranho) apresenta referências escancaradas ao universo do mestre do terror. O foco, assim como em It - A Coisa, é voltado para as crianças, em especial os irmãos Finney (Mason Thames) e Gwen (Madeleine McGraw).

Roteiro simples, mas bem articulado!

O começo do filme é lento, mas se faz necessário para preparar o espectador e entregar o motivo de algumas coisas ocorrerem só no desenrolar da trama. Mesmo que tenha um curto período de duração (1h43 min.), quando o longa engata traz uma grande tensão a ponto de tirar o fôlego por causa do seu flerte com sobrenatural.

Sem colocar ideias ou diálogos que possivelmente atrapalhariam em seus altos momentos, 'Telefone Preto' é direto na ideia que pretende apresentar ao público, exercendo a imaginação daquele que assiste, fazendo se perguntar sobre as verdadeiras motivações da situação.

E se tratando de ideias, algo interessante de se pontuar é que no decorrer do filme diversos personagens secundários deixam uma espécie de "gancho" para o protagonista, podendo saltar os olhos de quem acompanha o decorrer do seu ato final. Porém, até lá o espectador pode acabar questionando algumas mudanças de rumo do protagonista.

Atuações e composições cinematográficas brilhantes!

É válido pontuar que filme mal acrescenta trilhas para incrementar a trama, deixando que o silêncio seja o fator de impacto. Além disso, os cenários com cores frias, sem vida e fechados, acabam causando o sentimento de claustrofobia, a ponto de nos imaginarmos na situação do personagem e tentarmos buscar como solucionar a situação. 

Por mais que Mason Thames acabe atraindo os holofotes, já que a trama gira em torno de seu cativeiro e sua jornada para se tornar alguém corajoso, é Madeleine McGraw que envolve boa carga de sentimentos, sejam eles engraçados ou sombrios. A atriz mirim é o destaque do começo ao fim.

Do outro lado da moeda, se tratando do antagonista, é imprescindível falar da atuação de Ethan Hawke, que mesmo que surja em poucos momentos, brilha nas cenas aterrorizantes, apresentando um personagem traumatizado e misterioso. 

O terror respira!

Sem sombra de dúvidas, 'Telefone Preto' é um dos melhores filmes de terror do ano e deve fazer uma ótima bilheteria. O filme que custou US$ 16 milhões já alcançou a marca de US$ 100 milhões mundialmente. Sendo assim, podemos considerar que o título traz fôlego ao gênero de terror e é o novo sucesso da Blumhouse.

Nota: 4/5

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