Filha de Marielle Franco tatua o rosto da mãe: "Marcada agora na minha pele"
(Foto: Reprodução/Instagram)
Filha da vereadora Marielle Franco (PSOL), a estudante Luyara Santos, de 19 anos, prestou uma homenagem para a mãe, morta a tiros no centro do Rio, ao tatuar o rosto dela em seu braço esquerdo.
[leiamais] "Marcada na minha memória, no meu coração, na minha vida e agora na minha pele!", escreveu Luyara ao postar uma foto da tatuagem, que mostra o rosto pintado por várias cores, nesta segunda-feira (27).
Em seu perfil no Instagram, o tatuador, Magrão Kovok, também compartilhou uma foto do desenho e escreveu: "Marielle de todas as cores. Uma honra".
Quase duas semanas após o assassinato de Marielle e do motorista Anderson Pedro Gomes, as investigações seguem sob sigilo e ninguém foi preso. Na segunda-feira (26), três pessoas falaram à Polícia Civil, mas nenhuma informação sobre o conteúdo dos depoimentos foi divulgada.
Imagem do post feito pela filha da vereadora (Foto: Reprodução/Instagram)
O caso
Marielle foi morta após participar um evento que reunia jovens negras, na Lapa, no centro do Rio, na noite de 14 de março. Ela estava com a assessora e o motorista do carro, que também faleceu, quando o veículo foi emparelhado foi outro e alvejado por ao menos 13 tiros.
A vereadora foi atingida por quatro tiros na cabeça. Anderson, que era casado e tinha um filho pequeno, recebeu pelo menos três disparos nas costas. A assessora acabou atingida por estilhaços e não sofreu ferimentos mais graves.
A perícia apontou que todos os disparos foram efetuados por arma de calibre 9 mm e que a munição utilizada fazia parte de lotes vendidos para a Polícia Federal. Nove cápsulas foram encontradas no local.
A polícia trabalha com a suspeita de execução e acredita que o veículo foi perseguido por cerca de 4 km. As autoridades ainda apuram se um segundo carro teria participado dos assassinatos.
Marielle, de 38 anos, era uma conhecida ativista do movimento negro, defensora de minorias sociais e crítica da violência policial no Rio, além de ter sido a quinta vereadora mais votada nas eleições de 2016. Desde 28 de fevereiro, ela atuava como relatora de uma comissão da Câmara dos Vereadores criada para fiscalizar a intervenção federal no Rio.
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