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famosas relatam perda de bebê

Aborto espontâneo ocorre em até 20% das gestações, diz especialista

Redação/RedeTV!

(Foto: Agência Brasil)

Ivete Sangalo, grávida de gêmeas, disse ter sofrido dois abortos ao tentar a segunda gestação. A cantora, que também é mãe de Marcelo, de oito anos, teve primeiro uma gestação ectópica, ou seja, fora do útero. Nestes casos, o feto não consegue se desenvolver. Na segunda tentativa, sofreu um aborto espontâneo.

O caso de Ivete e de outras famosas é bastante comum, conforme explica a Dra. Roseli Mieko Yamamoto Nomura, da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo). “O abortamento é uma das causas mais comuns de sangramento no começo da gestação, podendo ocorrer 15 a 20% das gestações”, afirma a especialista.

Ainda segundo a Dra. Roseli, a idade da mãe tem forte influência nesse tipo de ocorrência. A cantora, por exemplo, já tinha mais de 40 anos quando começou a tentar engravidar pela segunda vez. “A idade materna é um fator de risco importante para o abortamento espontâneo. A taxa de fertilidade cai de forma importante para a mulher, após os 35 anos. E a taxa de abortamento espontâneo, que é de 10 a 20% até os 35 anos, sobe para ao redor de 50% para a mulher entre 40 e 44 anos, e nessa faixa etária é mais relacionado a problemas cromossômicos”, detalhou.

A especialista destaca que as causas para o aborto espontâneo são bastante variadas. “As anomalias cromossômicas são responsáveis pela metade dos casos de abortamentos espontâneos. Essas anomalias incluem alteração no número dos cromossomos ou por alterações no caiótipo dos pais. A outra metade dos casos ocorre por alterações na anatomia do útero, miomas uterinos, problemas na saúde materna como diabetes, doenças da tireóide, problemas imunológicos e doenças que afetam a coagulação. Também podem levar ao abortamento espontâneo alterações congênitas relacionadas com infecções, exposição a drogas e remédios que prejudicam a formação do bebê (os medicamentos teratogênicos), febre, tabagismo, uso de álcool e drogas”, alertou.

Cuidados antes mesmo da gravidez também são recomendáveis, ressalta Dra. Roseli. “Quando a mulher deseja engravidar, e sabe que é portadora de alguma doença ou problema de saúde, é importante que ela consulte seu médico para receber orientações necessárias, tais como: suspender medicamentos que possam prejudicar o bebê, realizar tratamento de doenças infecciosas, controlar problemas como diabetes, hipertensão e outras que possam aumentar o risco de aborto, reduzir o peso para tratamento de obesidade, que também contribui para reduzir o risco de aborto”, concluiu.

Veja também: mulher diz que sofreu aborto após seguir dicas de saúde da internet

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