01/05/2017 08:16:00 - Atualizado em 01/05/2017 08:16:00

Obras de R$ 120 milhões da Odebrecht mantinham esquema de propina, diz jornal

Redação/RedeTV!

Delações de ex-executivos da Odebrecht apontam que a empreiteira se envolveu em ao meno quatro empreendimentos apenas para manter esquema de propina com o governo.

Segundo texto publicado nesta segunda-feira (1), pelo jornal “O Globo”, Emílio e Marcedo Odebrecht foram influenciados a participar dos investimentos Sete Brasil, Belo Monte, Arena Itaquera e Porto Mariel, em Cuba. Juntos, os quatro somam quase R$ 120 milhões.

A empreiteira conseguiu concluir dois deles: Arena Itaquera e Porto Mariel. Belo Monte, após quatro anos de atraso, deve ser inaugurada no ano que vem.

O caso da Sete Brasil é mais complicado. O objetivo inicial da empresa, criada em 2010, era que ela gerenciasse a construção de 28 sontas para o pré-sal e as entregasse à Petrobras. Com grave situação financeira, a Sete Brasil tem apenas cinco das 28 sondas em construção e a conclusão depende do plano de recuperação judicial que ainda será votado em assembleia de credores.

De acordo com o jornal “O Globo”, fontes do setor avaliam que há fortes indícios de que a empresa foi criada exclusivamente para abastecer o esquema de propina da Petrobras. A Sete Brasil era comandada por João Carlos Ferraz e Pedro Barusco, ex-executivos da Petrobras entre os primeiros delatores da Lava Jato. 

Com nova direção desde maio de 2014, a Sete Brasil diz ter “todo interesse que os fatos em apuração pela Lava Jato sejam esclarecidos”.

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