16/03/2018 18:36:00 - Atualizado em 16/03/2018 19:14:00

Imagens mostram carro de Marielle saindo de evento e sendo seguido

Redação RedeTV

(Foto: Reprodução TV Globo)

Uma câmera de segurança mostrou o exato momento em que a vereadora Marielle Franco (PSOL), o motorista Anderson Gomes e uma assessora entram no carro em que estavam na última quarta no centro do Rio de Janeiro. Logo depois da partida, são seguidos por outro veículo. As imagens foram exibidas pela TV Globo.

Marielle e Gomes morreram no ataque - foram disparados ao menos nove tiros. A assessora sofreu ferimentos leves.

Nas imagens, a vereadora pelo PSOL é a última a entrar no carro e foi para o banco de trás. Jorge Lordello, comentarista de segurança do RedeTV News, disse que a política costumava se sentar na frente. 

O carro que saiu depois do de Marielle deixou outro veículo passar antes de sair. Esse segundo automóvel pode ser o segundo envolvido no atentado.

O carro da vereadora circulou quatro quilômetros até o momento do ataque, também no centro do Rio de Janeiro.

O caso

Marielle foi morta após participar um evento que reunia jovens negras, na Lapa, no centro do Rio, na noite de 14 de março. Ela estava com a assessora e o motorista do carro, Anderson Pedro Gomes, que também faleceu, quando o veículo foi emparelhado foi outro e alvejado por ao menos 13 tiros. 

A vereadora foi atingida por quatro tiros na cabeça. Anderson, que era casado e tinha um filho pequeno, recebeu pelo menos três disparos nas costas. A assessora acabou atingida por estilhaços e não sofreu ferimentos mais graves. 

A perícia apontou que todos os disparos foram efetuados por arma de calibre 9 mm e que a munição utilizada fazia parte de lotes vendidos para a Polícia Federal. Nove cápsulas foram encontradas no local. 

A polícia trabalha com a suspeita de execução e acredita que o veículo foi perseguido por cerca de 4 km. As autoridades ainda apuram se um segundo carro teria participado dos assassinatos

Marielle, de 38 anos, era uma conhecida ativista do movimento negro, defensora de minorias sociais e crítica da violência policial no Rio, além de ter sido a quinta vereadora mais votada nas eleições de 2016. Desde 28 de fevereiro, ela atuava como relatora de uma comissão da Câmara dos Vereadores criada para fiscalizar a intervenção federal no Rio.

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