27/07/2017 07:28:00 - Atualizado em 27/07/2017 08:20:00

Ex-presidente da Petrobras e do Banco do Brasil é preso em nova fase da Lava Jato

Redação/RedeTV! com agências


(Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

A Polícia Federal deflagrou nas primeiras horas da manhã desta quinta-feira (27) a 42ª fase da Operação Lava Jato e cumpre três mandados de prisão e 11 de busca e apreensão.

As primeiras informações dão conta que o ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobras Aldemir Bendine é um dos detidos. O publicitário André Gustavo Vieira da Silva, que é representante do ex-presidente do BB, e Antônio Carlos Vieira da Silva Júnior também teriam sido presos.

Segundo a PF, o ex-líder das duas entidades e pessoas próximas a ele teriam solicitado "vantagens indevidas" para que o Grupo Odebrecht não fosse prejudicado em contratações da estatal. O grupo teria recebido R$ 3 milhões. Os pagamentos só teriam sido interrompidos após a prisão de Marcelo Odebrecht, então presidente da empreiteira.

"Numa primeira oportunidade, um pedido de propina no valor de R$ 17 milhões realizado por Aldemir Bedine à época em que era presidente do Banco do Brasil, para viabilizar a rolagem de dívida de um financiamento da Odebrecht AgroIndustrial. Marcelo Odebrecht e Fernando Reis, executivos da Odebrecht que celebraram acordo de colaboração premiada com o Ministério Público, teriam negado o pedido de solicitação de propina porque entenderam que Bendine não tinha capacidade de influenciar no contrato de financiamento do Banco do Brasil", diz o Ministério Público Federal, em nota

Além disso, segundo o MPF, "há provas apontando que, na véspera de assumir a presidência da Petrobras, o que ocorreu em 6 de fevereiro de 2015, Aldemir Bendine e um de seus operadores financeiros novamente solicitaram propina a Marcelo Odebrecht e Fernando Reis. Desta vez, as indicações são de que o pedido foi feito para que o grupo empresarial Odebrecht não fosse prejudicado na Petrobras, inclusive em relação às consequências da Operação Lava Jato."

A operação foi batizada de "Cobra" como uma referência ao codinome dado ao principal investigado em planilhas de pagamentos de propinas feitos pela Odebrecht.

Bendine foi presidente da Petrobras entre fevereiro de 2015 e maio de 2016 e substituiu Graça Foster no cargo da estatal. Já no Banco do Brasil, ele presidiu a entidade entre abril de 2009 e fevereiro de 2015.

Os presos da 42ª fase da Operação Lava Jato serão levados para Curitiba.

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