31/08/2015 11:00:00 - Atualizado em 31/08/2015 11:11:00

Empresário acusado de corrupção também fica em silêncio na CPI da Petrobras

Agência Câmara Notícias

Depois do ex-ministro José Dirceu, o empresário João Antonio Bernardi Filho também foi dispensado pela CPI da Petrobras por se recusar a responder as perguntas dos deputados, em reunião realizada em Curitiba (PR).

Bernardi foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) por corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro junto com o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque, a advogada Christina Maria da Silva Jorge e os empresários Antônio Carlos Briganti Bernardi e Júlio Gerin de Almeida Camargo.

“O senhor era laranja de Renato Duque?”, perguntou o deputado Altineu Cortes (PR-RJ). “Não vou responder”, disse Bernardi.

Ele repetiu a mesma resposta diversas vezes e chegou a rir quando perguntado a respeito de um assalto do qual teria sido vítima, no Rio de Janeiro, supostamente ao levar R$ 100 mil de propina para Renato Duque.

Segundo a denúncia do Ministério Público, entre os meses de janeiro e agosto de 2011, Bernardi prometeu o pagamento de R$ 100 mil a Renato Duque. A investigação aponta que, no dia em que o pagamento seria efetivado, o empresário foi assaltado com R$ 100 mil em espécie, quase em frente à sede da Petrobras, no centro do Rio de Janeiro.

Os procuradores afirmam que Bernardi, representante da empresa italiana Saipem, controlava a offshore Hayley, com sede no Uruguai e conta bancária na Suíça, usada para a lavagem de dinheiro e o pagamento de propina para Duque.

De acordo com o MPF, o empresário ofereceu a propina a Duque para que a Saipem vencesse a licitação da Petrobras para a instalação do gasoduto submarino de interligação dos campos de Lula e Cernambi, localizados na Bacia de Santos.

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