Em desespero, moradores deixam capital do Nepal com medo de tremores secundários
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BHAKTAPUR, Nepal (Reuters) - Milhares de nepaleses começaram a deixar a capital Katmandu nesta segunda-feira (27), com o medo espalhado pela cidade após dois dias de tremores secundários e mediante a escassez de água e comida após o terremoto que matou mais de quatro mil pessoas, segundo autoridades nepalesas.
Um funcionário do Ministério do Interior disse que as autoridades não têm conseguido fazer contato com algumas das áreas mais afetadas no país montanhoso, e que o número total de mortos pode chegar a 5.000.
O forte terremoto de magnitude 7,8 que atingiu o Nepal no sábado (25) deixou cerca de 7.000 feridos e milhares de desabrigados, segundo autoridades locais.
Um relatório da equipe local das Nações Unidas emitido no domingo (26) destacou que a prioridade continua sendo salvar vidas e buscar e resgatar sobreviventes. O trabalho de procura e suporte às vítimas foi intenso no dia seguinte à tragédia, com auxílio de agências e governos internacionais.
Cães farejadores e equipamentos pesados ajudam localização de vítimas em escombros.
O terremoto de magnitude 7,8 foi o mais forte no país desde 1934, quando um tremor de intensidade similar matou 8.500 pessoas, atingiu o densamente povoado vale de Katmandu no sábado.
Brasileiros localizados
Até agora, o Itamaraty localizou 60 dos 79 brasileiros que estavam no Nepal no momento do terremoto. Entre eles, estão brasileiros que moram no Nepal, parentes que faziam visitas e turistas. Para reforçar o apoio, um embaixador brasileiro que atua na Índia foi deslocado para Katmandu no domingo (26).
A embaixada brasileira no Nepal funcionou normalmente após o terremoto, além do plantão disponibilizado 24 horas. Com muitos hotéis fechados, que obrigaram os turistas a sair às pressas, a representação brasileira disponibilizou canais de comunicação com parentes. Apesar das dificuldades de locomoção e comunicação na cidade, o prédio da embaixada não foi afetado.