01/05/2018 11:19:00 - Atualizado em 01/05/2018 13:12:00

"Escutei uma explosão e depois só os gritos de fogo", diz moradora de prédio que desabou após incêndio

Redação/RedeTV! com Agência Brasil

Bombeiros buscam possíveis vítimas nos escombros (Foto: Divulgação/Corpo de Bombeiros)

Moradora do prédio que desabou após pegar fogo na madrugada desta terça-feira (1º), Elaine de Oliveira, de 32 anos, contou que acordou com o som de uma explosão e os gritos dos outros residentes. 

“Não sei bem a hora, era depois da meia-noite. Escutei algo como uma explosão e depois só os gritos de fogo, desce, desce”, disse Elaine, que perdeu tudo que tinha e aguardava descalça, com a roupa de dormir em frente a igreja do Largo do Paissandu, no centro de São Paulo, próximo ao local do incêndio.

Moradora do local há mais de dois anos, ela stava com o marido e duas filhas, de dez e de dois anos, no momento em que o incêndio teve início. Segundo ela, as chamas começaram no quinto andar, o mesmo onde ela morava. 

A mulher ainda contou que sua maior preocupação é com seus remédios controlados e com um balão de oxigênio que ela usava devido a problemas de saúde. “Fiquei um tempão para conseguir os remédios de graça, agora perdi tudo. Nenhum documento consegui salvar”. Até o momento da entrevista, por volta das 8h45, ela não tinha sido contatada por nenhuma órgão oficial.

Pagava aluguel e perdeu tudo

Alexandro da Conceição, morador há três meses do edifício, estava dormindo quarto andar na hora em que o fogo teve início. Ele contou que pagava um aluguel de R$ 150 para morar no local, e que nunca havia percebido falhas na estrutura do prédio.

“Era pouco, mas eu pagava direitinho. Sou pedreiro e nunca tinha percebido qualquer problema na estrutura do prédio”, disse Alexandro, que vivia no local com a esposa e a filha. Ele contou ainda que tinha sido cadastrado pela prefeitura há uns três meses, mas que, depois disso, não foi mais contatado. “Agora quero encontrar um lugar para levar minha família”.

Resgate

Quase 200 integrantes dos bombeiros e 57 viaturas trabalham para combater o fogo e no resgate dos moradores. Até o momento, uma pessoa, inicialmente dada como morta, continua desaparecida após cair enquanto era resgatada.

Por volta das 10h40, a operação focava na operação de rescaldo dos escombros e na busca da pessoa desaparecida e que pode estar em meio aos escombros.

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