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lutava contra câncer

Marcelo Rezende morre aos 65 anos, em São Paulo

Redação/RedeTV!


(Foto: Divulgação)

Marcelo Rezende morreu neste sábado (16), aos 65 anos, em São Paulo. O apresentador estava internado desde quarta-feira (13), no hospital Moriah, na zona sul da capital paulista, após sentir fortes dores e apresentar um quadro de pneumonia grave.

No início da noite, o hospital divulgou uma nota de falecimento, informando o óbito do apresentador registrado às 17h45. "Com profundo pesar, comunicamos o falecimento do jornalista e apresentador Marcelo Rezende, 65 anos, às 17h45min, no dia 16 de setembro de 2017, no Hospital Moriah, em São Paulo", diz o documento. 

O velório será realizado na Assembléia Legislativa de São Paulo a partir das 10h do domingo (17). A despedida será aberta ao público. 

O jornalista foi diagnosticado com câncer pancreático já em estado avançado e comunicou publicamente que sofria da doença em maio deste ano. Dias depois, Rezende descobriu que o câncer já havia tomado também parte significativa de seu fígado, comprometendo os dois órgãos de seu sistema endocrinológico.

O apresentador provocou polêmica ao abandonar o tratamento convencional, por quimioterapia, optou por um método alternativo que promete a cura por meio da adoção de uma dieta sem carboidratos. 

Confiante em sua recuperação, o âncora utilizava as redes sociais para se comunicar frequentemente com seus fãs que o acompanhavam pela web. Recentemente, Marcelo surpreendeu o Brasil ao surgir em um vídeo compartilhado em seu perfil no Instagram com um aspecto ainda mais debilitado.


Marcelo Rezende nasceu em 12 de novembro de 1951 e começou trabalhando como repórter esportivo, no Rio de Janeiro, em 1969. Anos depois, passou a se dedicar ao jornalismo investigativo no programa "Cidade Alerta", o que fez até se afastar do trabalho por motivos de saúde, no último mês de maio. O apresentador trabalhou na RedeTV! entre os anos 2002 e 2004, e 2006 e 2008. 

Passou por várias emissoras de televisão do país e foi responsável por trabalhos marcantes como a entrevista com  Francisco de Assis Pereira, conhecido como “Maníaco do Parque”, e a reportagem com a denúncia do abuso de autoridade policial na Favela Naval, em Diadema.

Leia a nota oficial divulgada pela Record TV:

"A Record TV informa com grande pesar o falecimento de Marcelo Rezende, neste 16 de setembro de 2017, no Hospital Moriah, zona sul de São Paulo. Transmitimos nossas sinceras condolências ao familiares e amigos do jornalista com o qual tivemos a honra e o privilégio de trabalhar e que atuou com tanto brilhantismo em nossa programação.

O apresentador estava afastado do Cidade Alerta desde maio, quando descobriu um câncer no pâncreas e no fígado. Ele estava no comando do programa desde 2012 e ali imprimiu a sua marca, expondo os problemas de segurança pública do País com a coragem que sempre pautou sua trajetória, transformando o Cidade Alerta em um importante canal de denúncias.  “Esse jornalismo que eu e alguns companheiros fazemos é o jornalismo que revela as mazelas do País”, disse ele.

Com mais de 40 de carreira, Marcelo Rezende deixa um grande legado ao jornalismo do Brasil e da Record TV. Sua trajetória foi sempre guiada pela coragem em tocar em feridas sociais. Do flagrante de abuso policial na Favela Naval, em Diadema (SP), à corrupção no futebol, passando pelos inesquecíveis depoimentos de Francisco Assis Pereira, o Maníaco do Parque, e do ex-goleiro Bruno. Rezende foi um repórter investigativo de raro talento e um apresentador polêmico que não tinha medo de expor suas opiniões. Alguns dos episódios mais marcantes de sua carreira ele narrou no livro “Corta pra Mim”, lançado em 2013 pela editora Planeta, que tornou-se rapidamente um best-seller.

Rezende iniciou sua carreira na mídia impressa, aos 17 anos, no Jornal dos Sports, em sua cidade natal, no Rio de Janeiro, e atuou como jornalista esportivo por um longo período. Atuou no jornal O Globo e em seguida na Revista Placar, da editora Abril, até que, por fim ingressou na televisão, em 1988, quando foi trabalhar no Globo Esporte. A carreira sofreu uma guinada quando foi designado para fazer reportagens investigativas. Em 1999, fez parte da equipe de criação do Linha Direta, do qual tornou-se apresentador.

Na Record TV, o jornalista apresentou o Cidade Alerta em duas ocasiões, entre 2004 e 2005, e de 2012 a 2017, além de ter comandado o Repórter Record e o quadro A Grande Reportagem, exibido pelo Domingo Espetacular. Trabalhou também na Rede TV! onde apresentou o Repórter Cidadão e o Rede TV! News. Na Band esteve a frente do Tribunal na TV.

No dia da estreia do novo Cidade Alerta, em 2012,  Marcelo deu o tom do que o telespectador poderia esperar : “Nós não temos amigos, nem inimigos. Trabalhamos para o interesse público, o interesse da comunidade, o interesse da sociedade”.

Nessa nova fase do Cidade Alerta, a carreira do Marcelo também foi marcada pela inusitada interação com a equipe de jornalistas espalhada pelo Brasil. Descontração e alegria que contagiaram milhões de brasileiros e marcaram uma nova alternativa de informar os telespectadores."

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