05/06/2023 20:27:00

Homem afirma que perdeu 26kg comendo apenas fast-food

Ana Martins/ Redação RedeTV!

Especialistas destacam os riscos da perda de peso aliada ao consumo de alimentos ultraprocessados 

(Foto: Pixabay)

Um homem afirma que perdeu cerca de 26kg após passar 100 dias comendo apenas Fast-food. 

O caso viralizou na web após o técnico americano Kevin Maginnis, de 57 anos, compartilhar que com objetivo de perder peso realizou um projeto onde consumia apenas lanches do McDonald’s. 

O americano comentou que suas três refeições diárias eram fast-food, com a proposta ele teria passado de 107kg para 81kg. Segundo as publicações compartilhadas por ele, a ideia era provar que para perder peso o importante era a quantidade de alimento consumido e nação o que se come.

(Foto: Reprodução/ Redes Sociais)

A repercussão dessa história cria um debate sobre a alimentação aliada a perda de peso, em conversa com o Portal da RedeTV!, o médico endocrinologista Igor Barcelos alerta para os riscos que esse projeto pode acarretar saúde de Maginnis e de quem se alimenta a base de fast-food. “Ele pode apresentar desde sintomas a curto prazo como: cansaço, indisposição, mau hálito, imunidade baixa, cabelo ralo, apatia ou irritabilidade, mau-humor, anemia, piora da memória e cognição, intestino preso ou diarreias frequentes, diminuição da libido, da força muscular e lesões de pele. A longo prazo, pelo aumento do consumo de carboidratos simples e gordura saturada pode levar a: obesidade, diabetes, doenças do coração, derrames, vários tipos de cânceres e aumento do risco de demência”, explicou Barcelos. 

A nutricionista Larissa Almenara ressalta que a perda de peso é resultado do déficit caloiro, por isso, o americano conseguiu chegar a 26kg eliminados. “É possível consumir pouca quantidade de alimentos muito calóricos e gerar um emagrecimento. No geral, essa perda de peso só ocorre por um curto período de tempo”, explicou Almenara que ressaltou o que pode gerar o consumo desses alimentos. “Vale lembrar que alimentos ultraprocessados, desequilibram o funcionamento da microbiota intestinal e esta, por sua vez, quando em desequilíbrio, pode gerar maior armazenamento de energia proveniente dos alimentos”, completou. 

Os especialistas destacam que uma dieta a base de ultraprocessados causa uma desnutrição do indivíduo, já que são conhecidos como alimentos de “caloria vazia”. “Um indivíduo que possui carência de vitaminas, se enquadra no diagnóstico nutricional de desnutrição. Assim, uma pessoa pode ter obesidade, porém, ser desnutrida, pois não possui no organismo a quantidade mínima de vitaminas e minerais necessários”, informa a nutricionista.

Barcelos ainda comenta que essa é uma preocupação atualmente, pois muitas pessoas com excesso de peso possuem carência de nutrição. “São pacientes que apresentam os 2 extremos, tendo tanto sintomas da obesidade como: diabetes, hipertensão, doenças cardíacas e articulares com sintomas de desnutrição como: fadiga crônica, perda de memória, anemia, osteoporose”. 

Ricos em carboidratos simples e gordura saturadas, esse tipo de alimento aumenta a liberação de insulina podendo causar casos de diabetes e aumento da gordura visceral, além da inflamação do corpo e acúmulo de gordura nas artérias, associado diretamente as doenças cardiovasculares. Fast-food também está ligado a mais de 20 tipos de cânceres e mortalidade precoce. 

Larissa Almenara orienta aos que gostam de alimentos como esses que sejam consumidos com pouco frequência, e associados a uma alimentação rica em nutrientes. “O consumo de fast-food deve ser de baixa frequência e a alimentação de base precisa ser rica em ‘comida de verdade’, que seriam as frutas, legumes e verduras.”

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