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Após explosão, Líbano é palco de protestos contra o governo

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Após tragédia causada por explosão, o Líbano tem sido palco de manifestações contra o governo e outras de solidariedade aos sobreviventes. O protesto começou na noite de quinta-feira (6), se estendeu pela madrugada desta sexta-feira (7) e elevou ainda mais a tensão em Beirute.

Manifestantes entraram em confronto com a polícia quando tentavam se aproximar da sede do governo. A tropa de choque respondeu ao ato com bombas de gás lacrimogêneo até dispersar a multidão.

Os manifestantes acusam o governo libanês de negligência. Apesar das recentes prisões de funcionários do porto e da alfândega, a revolta popular inflama pelo fato da explosão não ter sido evitada e os documentos já divulgados mostrarem que, deliberadamente, as autoridades libanesas resolveram manter no próprio porto, por seis anos, uma carga tão perigosa, que estava em um navio de propriedade russa.

O ex-capitão do navio, Boris Prokoshev, confirmou que as quase três mil toneladas de nitrato de amônio saíram da Rustav, na Georgia, com destino a Moçambique. Durante o percurso, após atracar no porto de Beirute, recebeu taxas as quais o proprietário russo da embarcação se recusou a pagar. O ex-capitão e os tripulantes ficaram presos e o governo libanês confiscou a carga perigosa.

Publicada: 07/08/2020

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