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MPF denuncia Glenn Greenwald e mais seis por invasões de celulares

O Ministério Público Federal de Brasília denunciou sete pessoas pela invasão de celulares de autoridades. Entre os denunciados está o jornalista Glenn Greenwald, do site The Intercept, que não foi investigado no inquérito

A denúncia é resultado da Operação Spoofing, realizada em julho do ano passado para investigar a invasão de celulares de autoridades brasileiras. Segundo o Ministério Público Federal, o grupo, formado por 7 hackers, fez 176 vítimas. Os principais alvos foram o procuradores da Operação Lava Jato. Também foram vítimas o ministro da Justiça, Sérgio Moro, os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Davi Alcolumbre, e o deputado federal e filho do presidente Jair Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro.

Segundo a denúncia, assinada pelo procurador da República Wellington Divino de Oliveira, Greenwald teria auxiliado, orientado e incentivado as atividades criminosas do grupo.

O jornalista não chegou a ser investigado pela Polícia Federal (PF). Uma liminar (decisão provisória) concedida em agosto do ano passado pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que Greenwald não fosse investigado ou responsabilizado por receber, obter ou publicar informações de interesse jornalístico. O pedido de liminar havia sido feito pelo partido Rede Sustentabilidade. Desde junho do ano passado, o Intercept tem publicado mensagens trocadas por autoridades da República. Glenn afirma ter obtido o material de uma fonte anônima.

Publicada: 21/01/2020