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Câmara derruba MP que previa aporte para a Eletrobras

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A Câmara dos Deputados derrubou a medida provisória sem sequer discutir o mérito. O texto previa o repasse de 3 bilhões e meio de reais para a Eletrobras, para que a estatal pudesse financiar despesas de distribuidoras com combustível para geração de energia termelétrica. 

Mesmo que a MP tivesse sido aprovada, provavelmente ela perderia a validade porque vencia hoje e ainda precisava ser votada pelo Senado. Mas a rejeição do texto causou um alerta para o governo, porque significa um prejuízo maior para a empresa e, consequentemente, uma dificuldade a mais para privatizar a Eletrobras. Para discutir o assunto, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, do DEM, recorreu ao ministro da Economia, Paulo Guedes, e ainda levou alguns líderes para uma reunião, na tentativa de esclarecer a situação.

Para tentar cobrir os valores devidos pela Eletrobras, o governo vai enviar um projeto de lei ao Congresso com o mesmo texto da medida provisória que foi rejeitada. Para o presidente Jair Bolsonaro, o resultado da votação de ontem não foi uma derrota.

"Não é derrota do governo. Se a proposta é boa, perde o Brasil. O Congresso tem todo o direito de alterar qualquer proposta, tá certo?", afirmou o presidente. "Lamento, aí, mas são poderes independentes e é um direito deles ir nessa direção aí".

Publicada: 21/08/2019