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As manchas de óleo que atingem praias do Nordeste começam a afetar o comércio de pescados na capital do Ceará. No Mercado dos Peixes de Fortaleza, o movimento tem sido fraco nos últimos dias. As vendas caíram entre 10 e 15%.
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento informa que, até o momento, não recebeu nenhum relato de contaminação dos pescados das áreas afetadas. O Ministério diz ainda que os estabelecimentos registrados tem controles de matéria-prima para identificação de contaminação. E caso seja detectada alguma anormalidade, o pescado não será distribuído para o consumo.
Como medida preventiva, o Ministério vai realizar coletas de amostras dos peixes e crustáceos da área afetada e encaminhar para laboratórios especializados. Também anunciou a antecipação do período de defeso da lagosta e do camarão. A proibição da pesca, que acontece todos os anos em dezembro, para preservação da espécie, vai começar nesta sexta-feira (01).
O Governo anunciou que vai pagar uma parcela extra do seguro defeso a pescadores artesanais que tiveram as atividades afetadas. No total, serão 59 milhões de reais, destinados a 60 mil pescadores. Como a medida não inclui, por exemplo, marisqueiras e catadores de caranguejo, o governo deve ampliar o benefício.
A poluição por petróleo cru afetou os nove estados do Nordeste, noventa e sete municípios e quase trezentas localidades. A investigação sobre a origem das manchas é conduzida pela Marinha. Já a investigação criminal é de responsabilidade da Polícia Federal.
Publicada: 30/10/2019