"Vamos resgatar os valores e abrir nossa economia", diz Bolsonaro em Davos
Redação RedeTV!Jair Bolsonaro discursou pela primeira vez nesta terça-feira (22), durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos. "Vamos resgatar os valores e abrir nossas economia", garantiu.
No discurso, ele ainda afirmou que em seu governo buscará integrar o Brasil ao mundo por meio de uma defesa ativa de reforma da OMC, e eliminar práticas ilegais de comércio.
Ele relembrou como foi sua campanha eleitoral: "Gastando menos de 1 milhão de dólares e com 8 segundos de tempo de televisão, sendo injustamente atacado a todo tempo, conseguimos a vitória".
E contou em que situação encontrou o país quando assumiu a presidência: "Em uma profunda crise ética, moral e econômica. Temos o compromisso de mudar nossa história".
Em seu discurso, Bolsonaro contou ainda que quer investir na segurança pública e aumentar o turismo no Brasil. "Vamos investir em segurança para que vocês nos visitem com segurança com suas famílias. O Brasil é um paraíso, mas ainda muito pouco conhecido. Não está na lista dos 40 principais destinos do mundo", afirmou. "Vamos resgatar nossos valores e abrir nossa economia. Defender nossa família, os verdadeiros direitos humanos, uma educação que prepare nossa juventude para os desafios futuros", disse o presidente. "Que o mundo resgate a confiança em nós. Estamos de braços abertos. Quero um mundo de paz, liberdade e democracia"."Vamos defender a família, os verdadeiros direitos humanos, proteger o direito à vida e à propriedade privada, e uma educação que prepare a juventude para a Quarta Revolução Industrial", disse Jair Bolsonaro.
Entrevista
A rápida entrevista que se sucedeu foi mediada por Klaus Schwab. No início da conversa, Jair Bolsonaro afirmou que uma das medidas que adotará nos próximos meses é diminuir o tamanho do Estado, fazer reformas na previdência e tributária, e retirar o peso do Estado de quem produz e empreende.
Ele afirmou que vai retirar o viés ideológico dos negócios, não haverá partidarismo nem de um lado, nem do outro. "Dessa forma, entendemos que temos muito o que oferecer para os senhores para que as parcerias tragam benefícios para nossos povos", disse.
Schwab destacou a questão da corrupção, enfatizando que este foi o ponto que manchou a imagem do Brasil, e questionou quais medidas serão adotadas para estancar este mal. "O Sérgo Moro é um senhor conhecido de vocês. Ele está no Ministéiro da Justiça e Segurança e tem todos os meios para combater a corrupção e o crime organizado. Mudando a legislação, tenho certeza que atingiremos nosso objetivo. O Brasil será visto de forma diferente aqui fora", garantiu.
Em relação ao meio ambiente, Bolsonaro acredita que ele deve estar casado com o desenvolvimento e o agronegócio. Pretende estar sintonizado com o mundo diminuindo os níveis de CO2 e com a preservação do meio ambiente.
O presidente ainda lembrou os encontros que teve com chefes de estado latino-americanos como Mauricio Macri, presidente da Argentina, e Sebastián Piñera, presidente do Chile. "A esquerda não prevalecerá nessa região, o que é muito bom para a América do Sul", concluiu.
A crise política na Venezuela e a imigração de venezuelanos ao Brasil não foram mencionadas no discurso. No início de janeiro, o Itamaraty comunicou a diplomatas em missões no exterior que o Brasil deixaria o Pacto de Migração das Nações Unidas.