17/01/2023 18:02:00 - Atualizado em 17/01/2023 19:10:00

Suspeito de tentar explodir bomba no aeroporto de Brasília se entrega em Mato Grosso

Redação RedeTV! com Agência Brasil

Alan Diego estava foragido da Justiça desde dezembro

(Foto: Divulgação/ Polícia Civil)

Foragido da Justiça por envolvimento na tentativa de explosão em um caminhão-tanque localizado próximo ao aeroporto de Brasília, Alan Diego dos Santos, de 32 anos, se entregou na delegacia de Comodoro, a 677 de Cuiabá, nesta terça-feira (17). 

Alan era procurado pela polícia desde dezembro de 2022, quando realizou a instalação de um artefato explosivo nos arredores da capital federal. Além do atentado, ele também é suspeito de participar de ataques orquestrados por grupos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro em 12 dezembro, também em Brasília. 

A Polícia Civil cumpriu mandados de buscas, decretados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a fim de apurar as informações que pudessem levar à prisão de Alan. Após tratativas envolvendo e equipe da Delegacia de Comodoro e pessoas ligadas aos suspeito, ele se entregou. Ele será encaminhado para uma unidade prisional, onde aguardará manifestação da Justiça. 

Após a prisão, o secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli, interventor na segurança do Distrito Federal, usou as redes sociais para publicar uma foto do acusado e dizer que “a lei será cumprida”. 

Alan Diego dos Santos é réu no caso, junto com Washington de Oliveira Sousa e Welligton Macedo de Souza. A Justiça do DF aceitou a denúncia na terça-feira (10).

O trio responderá pelo crime de explosão, quando se expõe “a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem, mediante explosão, arremesso ou simples colocação de engenho de dinamite ou de substância de efeitos análogos”. A pena é de 3 a 6 anos de prisão e multa. 

De acordo com a Polícia Civil do Distrito Federal, ao ser detido, George Washington admitiu ter colocado a bomba junto ao caminhão-tanque cheio de combustível que estava parado em uma via de acesso ao aeroporto.

“Ele [George Washington] confessou que realmente tinha a intenção de fazer um crime no aeroporto, que seria destruir algo para causar o caos. O objetivo dele era justamente chamar atenção para o movimento que eles estão empenhados", disse o delegado-geral da Polícia Civil do Distrito Federal, Robson Cândido.

De acordo com o delegado, o empresário, de 54 anos de idade, viajou do Pará para Brasília a fim de participar dos atos promovidos por centenas de pessoas que passaram mais de 2 meses acampadas em frente ao Quartel General do Exército protestando contra o resultado das últimas eleições presidenciais e promovendo uma série de atos golpistas e antidemocráticos que culminaram com o ataque ao Palácio do Planalto, ao Congresso Nacional e ao Supremo Tribunal Federal (STF), no dia 8. O empresário, contudo, ficou hospedado em um apartamento de um bairro de classe média da capital federal, onde a polícia encontrou várias armas e muita munição.

Em depoimento à polícia, George Washington admitiu ter preparado o material explosivo encontrado junto ao caminhão-tanque, mas disse que o entregou a Alan e a outra pessoa que, mais tarde, os investigadores identificaram como sendo Wellington Macedo de Souza, que ainda não foi localizado.

Um dia após a prisão de George Washington, uma denúncia anônima levou as forças de segurança do Distrito Federal a localizar e destruir mais artefatos explosivos. O material estava abandonado, sem nenhum cuidado, em um matagal do Gama, região administrativa a cerca de 35 quilômetros da Esplanada dos Ministérios, em Brasília. No local também foram encontrados coletes balísticos e capas para os coletes

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