Senador Randolfe Rodrigues afirma que Bolsonaro deve ser enquadrado por genocídio
Redação RedeTV!“Eu não vejo como não ter algum tipo de responsabilização a esse Senhor”, disse o senador em entrevista ao “É Notícia”
(Foto: RedeTV!)
O líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues, condenou a atuação de Jair Bolsonaro enquanto presidente durante a pandemia da covid-19 e no caso do povo Yanomami. As declarações do senador ocorreram durante entrevista ao jornalista Kennedy Alencar, no programa “É Notícia”, que será exibido nesta quinta-feira (30), às 23h45.
“Eu não vejo como não ter algum tipo de responsabilização a esse Senhor, o caso dele é uma coletânea de artigos do código penal, você pode enquadrar no crime de genocídio, tem o caso Yanomami, você pode enquadrar no crime de charlatanismo conforme o código penal, basta ver os vídeos da atuação dele no âmbito do comportamento dele no âmbito da pandemia”, destacou Randolfe.
O parlamentar afirmou que o ex-presidente deve ser responsabilizado por todas as manifestações contra a vacina e as medidas de prevenção da doença.
Conforme citado pelo senador, Bolsonaro pode ser enquadrado por um conjunto de crimes contra o estado democrático pelo comportamento após as eleições 2022, que resultou nas invasões de 8 de janeiro. “Você pode enquadrá-lo em um conjunto de crimes contra o estado democrático direito, bastava ver o não reconhecimento dele do resultado das eleições. E como ele se comportou para que seus apoiadores resultasse na invasão aos prédios do Congresso Nacional, da Suprema Corte e do Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro, que são esses os símbolos da democracia e da república brasileira”, pontuou.
Ao relembrar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da pandemia, Randolfe classificou ela como a mais importante da história, pois foi acompanhada pela sociedade. “Desde a instauração de Comissões Parlamentares de Inquérito no nosso ordenamento Constitucional e desde as primeiras que nós tivemos a partir de 1953 no Senado Federal, nenhuma esteve tão presente na casa das pessoas quanto está”.
O senador ainda afirmou que a CPI “desnudou o negacionismo bolsonarista” e que foi através da pressão da Comissão que as vacinas chegaram até os brasileiros.
“A CPI foi um foco de resistência ao fascismo, um foco de resistência ao negacionismo e ao governo fascista. A última raça que estava resistindo às intentonas naquele momento, até aquele instante, era o Supremo Tribunal Federal. A Procuradoria Geral da República estava capturada, o Congresso Nacional tinha poucos espaços de reação. Então foi o segundo espaço Institucional, segunda trincheira de resistência e de defesa da democracia brasileira”, explicou Randolfe.
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