23/10/2018 12:44:00 - Atualizado em 24/10/2018 06:51:00

Presidente do PROS se entrega à PF, mas não pode ser preso

Arthur Henrique - Redação/RedeTV!


(Reprodução/Youtube)

Nesta terça-feira (23), o presidente do Partido Republicano da Ordem Social (PROS) Eurípedes Júnior se entregou voluntariamente na superintendência da Polícia Federal para prestar esclarecimentos. Ele é um dos alvos da Operação Partialisa. No entanto, mesmo com a ordem de prisão expedida pela 2ª Vara da Justiça Federal do Pará na semana passada, o líder não pode ser preso graças á Legislação Eleitoral.

De acordo com a lei eleitoral,  "Nenhuma autoridade poderá, desde 5 (cinco) dias antes e até 48 (quarenta e oito) horas depois do encerramento da eleição, prender ou deter qualquer eleitor, salvo em flagrante delito ou em virtude de sentença criminal condenatória por crime inafiançável, ou, ainda, por desrespeito a salvo-conduto".

Eurípedes é investigado por desvio de dinheiro da prefeitura de Marabá (PA). Segundo as investigações, o presidente do PROS faria parte de um grupo do ex-prefeito da cidade suspeito de facilitar pagamentos da prefeitura em troca de propina. A PF descobriu indícios, somente em um dos casos, no qual o valor do suborno chegaria à R$ 100 mil. Ele também estava sendo procurado pela Interpol.

Na superintendência da PF, Eurípedes chegou às 7h30 desta terça, mas ainda não foi recebido pela autoridades. De acordo com informações, ele se entregou para depois pedir a revogação da prisão. O seu advogado, Bruno Pena, negou que o presidente do PROS estivesse foragido. A defesa também informou que busca revogar a ordem de prisão e, caso não for possível, Euripedes vai se apresentar à PF na próxima terça-feira (30).

Na última sexta-feira, a assessoria do PROS divulgou nota na qual o presidente do partido afirmou estar " surpreso" com a decisão judicial que decretou sua prisão. 

“Estou surpreso com a decisão judicial, por não ter qualquer relação com os escândalos apontados na prefeitura de Marabá e por nunca ter me negado a prestar qualquer esclarecimento quando demandado pela Justiça. O que mais encabula nessa situação é que o próprio Ministério Público, que é o autor da ação penal, se pronuncia contrário a qualquer pedido de prisão por entender que não há provas contra mim e, durante as matérias que repercutiram na imprensa, nada se viu quanto ao parecer do MP”, diz o presidente, na nota.

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