07/07/2016 07:00:00 - Atualizado em 07/07/2016 08:14:00

Polícia Federal deflagra 32ª fase da Operação Lava Jato

Redação/RedeTV! com agências

A Polícia Federal cumpre, na manhã desta quinta-feira (7), mandados judiciais referentes à 32ª fase da Operação Lava Jato, batizada de "Caça-Fantasmas". A ação acontece nas cidades de São Paulo, São Bernardo do Campo e Santos e é um desdobramento da 22ª etapa, que recebeu o nome de "Triplo X".

Segundo o jornal Folha de S. Paulo, o principal alvo é o empresário Edson Paulo Fanton, que seria um dos responsáveis pelo FPB Bank. Fanton teria parentesco com o delegado federal Mário Renato Castanheira Fanton, que acusou delegados da Lava Jato de irregularidades e coação.

De acordo com a PF, esta nova fase visa apurar a atuação de uma instituição financeira do Panamá em território nacional sem autorização do Banco Central. O objetivo da empresa seria abrir e movimentar contas no Brasil e, dessa forma, viabilizar o fluxo de valores ilícitos para o exterior sem que o montante passasse pelo sistema financeiro brasileiro.

Os serviços do banco do escritório Mossak Fonseca teriam sido utilizados por pessoas e empresas ligadas a investigados na Lava Jato. Assim, recursos retirados de maneira irregular da Petrobras podem passado pelo FPB Bank.

No total, 17 mandados foram expedidos, sendo 7 conduções coercitivas e 10 pedidos de busca e apreensão. Cerca de 60 oficiais participam da ação.

O nome "Caça-Fantasmas", segundo a PF, "remete, dentre outros aspectos, a um dos objetivos principais da investigação que foca na apuração de verdadeira extensão obscura da instituição bancária no Brasil, bem como a vasta clientela que utiliza de seus serviços e do escritório Mossak Fonseca para operações financeiras com características de ilicitude e de forma oculta".

A Mossack também está no centro do escândalo mundial Panamá Papers, um esquema de ocultação de recursos usado por centenas de autoridades e celebridades de dezenas de países, revelado este ano por um consórcio internacional de jornalistas.

Na segunda-feira (4), ocorreu a 31ª etapa da Lava Jato. Denominada Operação Abismo, o objetivo era investigar desvios em licitações para a reforma do Cenpes (Centro de Pesquisa da Petrobras), no Rio de Janeiro, onde são feitos estudos sobre a exploração em águas profundas.

Um dos alvos foi o ex-tesoureiro do PT, Paulo Adalberto Alves Fernandes, que já se encontrava preso desde o dia 23 na superintendência do órgão em São Paulo, em decorrência da operação Custo Brasil, também da PF.

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