09/03/2018 11:37:00

Palocci foi porta-voz para pedidos de propina de Belo Monte, aponta Lava Jato

Redação/RedeTV! com Agência Brasil


(Foto: ABr/Arquivo)

O ex-ministro Antonio Palocci teria sido porta-voz do governo para fazer os direcionamentos de pedidos de propina durante a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (9) pela força-tarefa da Operação Lava Jato.

O leilão de Belo Monte ocorreu em 2010, durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo investigações da Polícia Federal (PF), há indícios de que o consórcio vencedor foi favorecido por membros do governo federal.

Nesta sexta, a PF deflagrou a 49ª fase da Operação Lava Jato, tendo como base as informações obtidas pelos acordos de leniência firmados com a Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa e Odebrecht, além da quebra de sigilo bancário, fiscal e telefônico. Um dos alvos foi o ex-ministro Delfim Netto, suspeito de receber 10% da propina paga por construtoras que atuaram na obra da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Pará.

Delfim Netto teria recebido R$ 15 milhões do Consórcio Norte Energia (composto pelas empresas Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez, Odebrecht, OAS e J. Malucelli), por meio de contratos fictícios de consultoria. Além dos 10% remetidos ao ex-ministro, o consórcio teria enviado propina aos partidos PMDB e PT. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), cada um dos partidos recebeu 45% dos valores.

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