18/04/2024 20:53:00

Lançamento da aliança global contra a fome será o principal tema do Brasil na Cúpula do G20

Redação RedeTV!

Maurício Lyrio citou as prioridades do país durante o evento que ocorrerá no país em novembro 

(foto: Divulgação/ RedeTV!)

Nesta quinta-feira (18), o representante do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no G20, Maurício Lyrio, citou as prioridades do Brasil na Cúpula de Líderes agendada para novembro, no Rio de Janeiro. 

Em entrevista ao “É Notícia”, o Sherpa do país destacou que o governo brasileiro está empenhado em tratar da fome, mudanças climáticas e da reforma da ONU. “As três prioridades do Brasil são essas: o lançamento da aliança global contra a fome… o segundo é a mobilização de recursos para combater as mudanças do clima, dada a urgência do assunto, e a outra questão é a reforma da liderança global. Três prioridades mais altas que o Brasil estabeleceu para Cúpula”, disse. 

Maurício pontuou que é fundamental a reforma da governança global, tema já debatido pelo presidente Lula desde seu primeiro mandato. “O mundo mudou muito, não é mais o dos anos 40, ao mesmo tempo, temos visto crises no mundo muito graves. No ano passado, tivemos um recorde de conflitos no mundo”. 

Destacando que o objetivo do Brasil é resolver as lacunas de desenvolvimento social, o diplomata destacou que não é possível solucionar essas questões com a atenção mundial voltada na resolução de conflitos, por isso, o G20 deve forçar a atualização da reforma na ONU para uma representação global igualitária. “Não faz sentido ter um conselho onde entre seus membros permanentes não exista um país da África, da América Latina. Esse problema do equilíbrio regional do conselho é grave. Ele foi reformado pós-guerra, mas não levando em conta que deveria ser reformado ao longo do tempo. Essa atualização é urgente”, comentou o Sherpa. 

Em relação à transição ecológica, o diplomata defende que existe uma “dívida” histórica dos países que se industrializaram antes, por ter uma maior emissão de poluentes. “Os países em desenvolvimento precisam dos que já se desenvolveram para fazer transição energética. Porque é fácil para o outro lado ter poluído tanto e agora dizer: ‘vocês não vão poluir e se desenvolver só com energia limpa’. Então tem uma responsabilidade nisso e dar apoio a essa transição energética aos países em desenvolvimento. Mas, ao mesmo tempo, temos aí uma rivalidade que se acirra entre EUA e China, mas a visão do Brasil é que isso não gere espaço para uma outra Guerra Fria. (…) Nossa missão não é simples, ainda mais com a diplomação do Brasil que é tentar acordos e pontes.”

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