Gleisi Hoffmann afirma que Nikolas Ferreira deve ser punido
Redação RedeTV!Em entrevista ao “É Notícia”, a presidente nacional do PT ressaltou que o Dia da Mulher é uma data de luta
(Foto: RedeTV!)
Na semana marcada pelo Dia Internacional da Mulher, Kennedy Alencar entrevista Gleisi Hoffmann, presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT).
Na liderança da sigla desde 2017, Gleisi, que é uma das principais representações feminina na política brasileira, destacou que a mulher ainda é minoria na política. “O 8 de março, ao mesmo tempo que você celebra conquista, ele tem que ser uma data de luta”, enfatiza.
No primeiro 8 de março após a volta do governo do PT, Gleisi falou sobre as medidas adotadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, destacando o projeto de lei que pune empresas com desigualdade salarial entre homens e mulheres.
A deputada federal, que avaliou o aumento dos casos de violência contra a mulher nos últimos anos, mencionou o discurso transfóbico do deputado federal Nikolas Ferreira (PL) no plenário da Câmara dos Deputados, na última quarta-feira (8). “Ele cometeu um crime, ele tem que ser submetido à Comissão de Ética e tem que ser punido”, disse a parlamentar, ao explicar que a imunidade parlamentar não pode acobertar crime.
Posição do PT na economia
O rumo da política econômica foi debatido pela deputada, que negou haver algum tipo de guerra entre o partido e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. “Não tem guerra nenhuma, tenho o maior respeito e consideração pelo ministro Haddad”, argumentou.
Gleisi ainda mencionou a participação do partido sobre o rumo da economia no governo Lula. “O PT é um partido que nasceu questionando os rumos da economia brasileira, do direito dos trabalhos, dos investimentos do estado (...) Eu acho que é importante o PT colocar suas posições também e disputar a posição do governo. Eu acho que esse debate é importante para o país.”
Ainda sobre a pauta econômica, Gleisi disse que o Banco Central tem que fazer uma discussão da meta de inflação e defendeu um mandato conforme o governo eleito. “Eu acho que o problema é o mandato do presidente do Banco Central que não é coincidente com o mandato do presidente da República, o BC tem que estar a serviço do projeto que foi eleito nas urnas”, pontuou.
Candidatura de Lula para reeleição em 2026
A presidente do PT pontuou que a vitória de Lula foi fundamental para a defesa da democracia no Brasil. “A democracia estava em risco, se não fosse ele, não teríamos outra pessoa para fazer isso (…) Se nós não tivéssemos o Lula, não teríamos derrotado o Bolsando nas urnas. Ele foi fundamental para isso, muito importante, porque ele é a síntese de um projeto diferente para o país.”
Assim como o ministro da Justiça, Flavio Dino, Gleisi afirmou que a candidatura de Lula à reeleição em 2026 será necessária. “Para concretizar um projeto que nós temos, congressista e popular, eu acho que vai ser necessário!,” destacou a parlamentar, que ainda citou o ministro Fernando Haddad como uma opção para a presidência da República. “Uma pessoa preparar e reconhecida no Brasil inteiro, acho que tem muita respeitabilidade, pode ser um nome”, completou.
Prioridades da agenda legislativa do governo
Na avaliação da presidente do partido, a e economia deve ter prioridade na agenda legislativa do governo Lula. “A prioridade do governo tem que ser o crescimento econômico e a geração de emprego. Todas as agendas que forem mandadas ao Congresso Nacional ou as ações do governo, tem que estar pautadas por isso. Nós temos que fazer esse país crescer e gerar emprego, distribuir riqueza. É para isso que nós fomos eleitos, que o Lula foi eleito”, explicou.
Caso das joias sauditas
Para Gleisi, o caso das joias sauditas mostra "a corrupção crua” do governo Bolsonaro. “Isso coloca por terra esse discurso do Bolsonaro de combate à corrupção, de que ele não é corrupto. Isso mostra a corrupção crua”, pontuou.
Gleisi cita que os presentes entregues por outros países durante visitas são para a primeira-dama e para o presidente do país, não para uma pessoa em específico, como dito por Bolsonaro.
“Ele dizer no primeiro momento de que não tinha nada a ver com isso, de que não sabia. Agora começa a aparecer vídeos da Receita, as conversas que tinham. As pessoas falando que ele sabia (…) Eu acho isso muito grave, ele tem que responder por isso,” opinou.
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