20/09/2019 16:20:00 - Atualizado em 20/09/2019 16:26:00

Ex-candidato a deputado diz que gastou verba eleitoral com cerveja: 'Conquistei 376 votos assim'

Redação/RedeTV!

Claudinei Rodrigues dos Santos se candidatou como Passo Preto

Notificado pela Justiça Eleitoral, o ex-candidato a deputado federal Claudinei Rodrigues dos Santos, que concorreu com o nome Passo Preto pelo PSOL de Sergipe, divulgou um vídeo para explicar por que não conseguirá justificar seus gastos da campanha de 2018.

Nas imagens, o ex-candidato informa que gastou toda a verba - R$ 1.904,68 do Fundo Especial de Financiamento de Campanha - pagando cerveja a possíveis eleitores. "Recebi um papel da Justiça Eleitoral querendo que eu prestasse conta do dinheiro que recebi", declarou.

"O dinheiro foi pouco e eu fiz minha campanha pagando cerveja para os amigos, nos bares. Conquistei 376 votos assim. E agora a Justiça Eleitoral quer que eu preste conta desse dinheiro", explicou ele, que não foi eleito.

Na sequência, Passo Preto diz que optou por esse "método" por acreditar que não conseguiria fazer campanha com o valor, que considerou insuficiente, e disse não ter condições de comprovar os gastos, pois não recebeu nota fiscal pelo pagamento das bebidas alcoólicas. 

"Como é que vou prestar conta de um dinheiro pouco - que eu sabia que não ganhava nem pra vereador e imagine para deputado federal - se os bares que eu frequentei pagando cerveja para os meus amigos não davam nota fiscal?", questiona o ex-candidato. 

"Como é que vou prestar conta agora? Me diga aí?!", continua. "Eu fiz foi 45 dias de campanha só bebendo cerveja. Tive 376 votos desse dias. Foi (sic) 45 dias 'bebo'. Como é que vou prestar conta agora? Eu tô sem saber o que fazer", completa. E finaliza: "A juíza já mandou me chamar".

Devolução e inegibilidade

Em sua ficha no site do TSE, Claudinei diz que é agricultor, nascido em Ribeirão Pires (Sergipe) e tem ensino fundamental completo. Ele afirma que não sabia que precisaria comprovar os gastos após a eleição. 

O Ministério Público Eleitoral (MPE), sob o Ministério Público Federal (MPF), informou que a prestação de contas dele já havia sido rejeitada. Caso seja condenado na esfera eleitoral, Passo Preto terá de devolver o dinheiro aos cofres públicos e ficará inelegível por quatro anos.

Lado do PSOL

Em nota, o PSOL Sergipe afirmou que não compactua "com compra de votos e nem com uso indevido do dinheiro público" e classificou a situação como "grave crime eleitoral". 

"É uma situação grave, é um crime eleitoral, e certamente ele sofrerá sanções, tanto na esfera eleitoral, quando por parte do PSOL", diz o comunicado. "A prestação de contas é obrigação do candidato, não cabe ao partido, e inclusive foi feito um seminário eleitoral com todos os pré-candidatos em Sergipe e foram passadas todas as orientações eleitorais, inclusive prestação de contas e aplicação do fundo partidário. Agora vamos reunir a executiva do partido para tratar dessa situação”, conclui.

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