03/05/2019 16:51:00 - Atualizado em 03/05/2019 16:53:00

Bolsonaro diz que não tem conversa com Maduro e cita eleições na Argentina

Redação/RedeTV! com Agência Brasil

Presidente participou de evento com ministro Ernesto Araújo

O presidente Jair Bolsonaro falou nesta sexta-feira (3) sobre a situação no país vizinho e reafirmou que há fissuras nas patentes mais baixas do Exército venezuelano, que ele espera que subam para os altos escalões dos generais. “Se não enfraquecer o Exército da Venezuela, o Maduro não cai”, disse. “Não temos o que conversar com ele [Maduro], o que nós queremos, no meu entender, ele não vai ceder.”

Bolsonaro mostrou ainda preocupação com o futuro político da Argentina. “Além da Venezuela, a preocupação de todos nós deve voltar-se um pouco mais ao sul, para a Argentina, para quem poderá voltar a comandar aquele país. Não queremos, acho que o mundo todo não quer, uma outra Venezuela mais ao sul do nosso continente”, disse.

A ex-presidente Cristina Kirchner lidera as pesquisas para as eleições na Argentina deste ano, à frente do atual presidente Mauricio Macri.

As declarações foram feitas durante formatura dos novos diplomatas brasileiros, em cerimônia no Palácio Itamaraty, em Brasília.

Ministro comenta

Também no evento, o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, disse que a política externa brasileira ajudou "de maneira decisiva a criar uma marcha irreversível rumo à democracia na Venezuela e na região".

Ele lembrou que o Brasil participa do esforço diplomático do Grupo de Lima, que volta a se reunir hoje, na capital peruana, para discutir os desdobramentos da crise política venezuelana. "O mundo todo tem hoje os olhos postos na Venezuela, porque ali se dá um combate entre a democracia e a opressão, entre a verdade e o cinismo", afirmou o chanceler.

O Grupo de Lima divulgou nota na terça-feira (30) pedindo que as Forças Armadas venezuelanas apoiem Juan Guaidó, presidente da Assembleia Nacional da Venezuela e autoproclamado presidente interino do país. A Venezuela vive dias de conflitos nas ruas após Guaidó convocar protestos contra o atual presidente Nicolás Maduro.

O Grupo de Lima é formado por Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Honduras, Panamá, Paraguai, Peru e Venezuela.

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