22/06/2019 16:00:00 - Atualizado em 22/06/2019 16:01:00

Bolsonaro diz que Legislativo quer deixá-lo como rainha da Inglaterra

Agência Brasil

A declaração foi dada em referência a projeto que limita suas indicações para agências

(Foto: Reprodução/Agência Brasil)

O presidente Jair Bolsonaro disse, neste sábado (22), que o Poder Legislativo tem cada vez mais "superpoderes" e que quer transformá-lo em uma espécie de "rainha da Inglaterra", que reina mas não governa.

"Querem me deixar como rainha da Inglaterra? Esse é o caminho certo?", questionou. Bolsonaro conversou com a imprensa na manhã deste sábado no Palácio do Planalto, em Brasília, onde fez exames de rotina em um posto médico, antes da viagem para o Japão na próxima semana.

O presidente fez o comentário ao dizer que foi informado que a Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei que torna a indicação de integrantes de agências reguladoras privativa do Parlamento. "Se isso aí se transformar em lei, todas as agências serão indicadas por parlamentares. Imagina qual o critério que vão adotar. Acho que eu não preciso complementar", afirmou.

Sobre a viagem para o Japão, onde ocorrerá a reunião do G20, Bolsonaro disse que estarão presentes "vários líderes mundiais", que querem fazer reuniões bilaterais. Ele disse que, junto com o presidente da Argentina, Mauricio Macri, tentará um encontro com o líder dos Estados Unidos, Donald Trump. No último dia 19, Bolsonaro adiantou que terá reunião privada com o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe.

Reforma da Previdência

Sobre a reforma da Previdência, Bolsonaro disse que os investidores esperam pela aprovação para a volta da confiança. “[Em] todas as minhas andanças pelo mundo, parece que a palavra mágica passou a ser reforma da Previdência. Muita gente quer investir aqui. Gente de dentro do Brasil também", declarou.

"Se a [reforma da] Previdência sair, nós voltamos a ter confiança, e os investimentos virão. E aí, atrás disso, vem emprego. O pessoal cobra de mim, [mas] quem emprega não sou eu. Eu emprego em cargo de comissão e quando faço concurso. E [o ministro da Economia] Paulo Guedes decidiu basicamente que poucas áreas terão concurso por que não tem como pagar mais", afirmou.

Reeleição

Bolsonaro voltou a dizer ainda que, se for feita uma "boa reforma política", aceitaria acabar com a reeleição para presidente. Mas, sem essa reforma, Bolsonaro admitiu que pode concorrer à reeleição. "Se, em 2022, eu estiver razoavelmente bem, eu venho. Caso contrário, estou fora. Não existe bom governo com má economia. O Paulo Guedes está confiando que, ao entregar essa nova Previdência, a gente vai deslanchar na economia", afirmou.

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