26/08/2020 13:33:00 - Atualizado em 26/08/2020 13:33:00

Bolsonaro diz que a proposta atual do Renda Brasil está suspensa

Redação/RedeTV! com Agência Brasil

Presidente descarta tirar abono salarial de 12 milhões de pessoas para reforçar substituto do Bolsa Família: "Não posso tirar de pobre para dar para paupérrimos"


Bolsonaro e Zema, governador de MG, em cerimônia de reinauguração do alto forno Usiminas - (Foto: Reprodução/Twitter/Romeu Zema)

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido), afirmou nesta quarta-feira (26), em evento na Usiminas em Minas Gerais, que a atual proposta do Renda Brasil - programa que irá substituir o Bolsa Família - está suspensa. O texto elaborado sobre a iniciativa, segundo ele, precisa passar por reajustes e discussões com a equipe econômica.

Para Bolsonaro, o modelo atual da propostaretira recursos de "pobres" e dá a "paupérrimos". "Vamos voltar a conversar. A proposta que a equipe econômica apareceu para mim não será enviada ao Parlamento", disse ele. "Não posso tirar de pobre para dar para paupérrimos", justificou.

Com essa afirmação, o presidente garantiu que não pretende tirar os recursos de outros programas para custear o Renda Brasil. Anteriormente, se discutia a possibilidade de usar dinheiro destinado ao abono salarial para financiar o programa.

"O abono, para quem ganha até dois salários mínimos, representaria um décimo quarto salário. Não podemos tirar isso de 12 milhões de pessoas para dar para um programa Bolsa Família ou Renda Brasil, seja lá o que for o nome desse novo programa. Ou o Brasil começa a produzir, começa realmente fazer um plano que interessa a todos nós, que é o melhor programa social que existe, o emprego, ou estamos fadados ao insucesso", declarou.

Bolsonaro reafirmou ainda que vai manter o auxílio emergencial até dezembro - ainda sem valor definido -, e destacou que o país precisa da ajuda de todos os brasileiros para tirar o país da crise em que se encontra.

O 'Renda Brasil' se trata de um programa que está em fase de elaboração pelo Governo Federal através do Ministério da Economia. No intuito de substituir o famoso Bolsa Família, a previsão é a iniciativa ofereça o pagamento de R$ 250,00 a R$ 300,00 mensais aos cidadãos de baixa renda.

Reativação de forno da Usiminas

Foram quatro meses com o alto-forno desligado e a produção interrompida. Um período difícil para Usiminas, provocado pela pandemia do novo coronavírus. Sem encomendas, a direção da unidade - que fica na cidade de Ipatinga, no Vale do Aço de Minas Gerais -, reduziu jornadas de trabalho de seus funcionários e interrompeu contratos com fornecedores. Uma fase ruim que vai ficando para trás.

Nesta quarta (26), o alto-forno 1 voltou foi religado, em uma cerimônia que contou com a participação do presidente Jair Bolsonaro. O alto-forno 1 foi o primeiro a ser instalado na Usiminas, na década de 1960. Ele tem a capacidade para produzir 2 mil toneladas de ferro gusa por dia, que é a primeira etapa do processo siderúrgico, e é considerado um símbolo da siderurgia nacional.

Em cerimônia à reativação, Bolsonaro disse que a empresa é "um orgulho nacional" e lembrou que a retomada do alto forno faz parte do processo de recuperação econômica do país, afetada pela pandemia de covid-19. Ele destacou que apesar da crise econômica mundial provocada pelo novo coronavírus, o Brasil é um dos países que melhor lidou com a questão: "A tendência era de que a economia brasileira crescesse 3% este ano, mas veio o imprevisto. Só que o governo fez a sua parte. O Brasil foi um dos países que melhor lidou com estas questões"

Para o presidente da Usiminas, Sergio Leite, a retomada do alto-forno 1 é também uma mensagem de otimismo e que reforça o compromisso da companhia com o desenvolvimento do país. “Esse religamento tem um significado especial para nós, por marcar a confiança da Usiminas no futuro. O ponto mais agudo da crise, vivido em abril, ficou para trás e diversos indicadores sinalizam para uma retomada gradual da economia ao longo do segundo semestre a do próximo ano”, avalia Leite.

A Usiminas tem cerca de 6 mil funcionários em Ipatinga e é fundamental para a economia da cidade e também para outros municípios do Vale do Aço de Minas Gerais.

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