08/03/2019 07:54:00 - Atualizado em 08/03/2019 11:47:00

Bolsonaro confirma viagens para EUA, Israel e Chile

Redação RedeTV! com ANSA

O presidente ainda falou sobre Reforma da Previdência e educação sexual

(Foto: reprodução/Facebook)

O presidente Jair Bolsonaro confirmou na quinta-feira (7) que fará no mês de março visitas oficiais a Estados Unidos, Israel e Chile.

Em uma transmissão ao vivo no Facebook, o mandatário disse que espera trazer "algo de concreto" dessas viagens. "Os ministérios interessados nessa viagem estão ultimando as propostas, possíveis acordos e parcerias que teremos com esses países. É uma viagem que, no meu entender, será bastante proveitosa para o nosso Brasil", declarou.

Bolsonaro não anunciou a data das viagens, mas a visita a Israel deve acontecer às vésperas das eleições de 9 de abril, quando o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, acusado de corrupção, fraude e abuso de poder, tentará se manter no cargo.

Educação sexual

Durante a transmissão, que durou cerca de 20 minutos, Bolsonaro também criticou o fato de as carteiras de vacinação para crianças de nove a 16 anos instituírem sobre o uso de camisinha.

"Liguei para o ministro da Saúde e expus o problema para ele, então, a solução: vai fazer uma nova cartilha, com menos páginas, mais baratas, sem essas figuras aqui no final, e vamos recolher essas anteriores", anunciou.

Além disso, o presidente abordou assuntos como a reforma da Previdência, lombadas eletrônicas e o Dia da Mulher. Segundo ele, as transmissões devem se repetir todas as quintas-feiras, às 18h30. "Gostaria muito que vocês apresentassem propostas e ideias do que nós podemos fazer para atender à população e também, obviamente, deixar a vida de vocês mais fácil", disse. 

Reforma da Previdência

O presidente Jair Bolsonaro disse ainda, esperar que a proposta de reforma da Previdência “não seja muito desidratada” pelo Congresso Nacional. O texto, proposto pelo governo, já está na Câmara dos Deputados, que ainda formará as comissões para o início da tramitação. Sugestões de alterações no texto já foram feitas por líderes de partidos em uma reunião com o presidente, na semana passada.

“Nós precisamos fazer uma reforma da Previdência. Afinal de contas, ela está mais do que deficitária. […] Nós pretendemos aprovar a reforma que está lá. Se bem que o Parlamento é soberano para fazer qualquer possível alteração. Só esperamos que ela não seja muito desidratada, para que atinja seu objetivo e sobre recursos para investirmos em emprego, saúde, segurança e educação”, disse Bolsonaro.

Declaração sobre Forças Armadas

Bolsonaro também se manifestou sobre uma declaração dada por ele mais cedo, em evento no Rio de Janeiro. No evento, ele agradeceu às Forças Armadas e afirmou que “democracia e liberdade só existem quando as suas Forças Armadas assim as querem”. O pronunciamento de Bolsonaro provocou reação no meio político.

“Isso não tem nada de polêmico, foi dito de improviso para uma tropa qualificada [...], exortando para que continuem a fazer o papel que vêm fazendo, de serem os guardiões da democracia. Tentaram distorcer isso, como se isso fosse um presente dos militares para os civis. Não é nada disso”, disse.

Horas antes, o vice-presidente, Hamilton Mourão, disse que a fala do presidente foi mal interpretada.

Fim das barreiras eletrônicas nas estradas

Bolsonaro também citou a intenção do governo em aumentar a validade da carteira de motorista, de cinco para dez anos. Além disso, o presidente anunciou a decisão de acabar com as barreiras (ou lombadas) eletrônicas nas estradas do país. “Há uma quantidade enorme de lombadas eletrônicas no Brasil. É quase impossível você viajar sem levar uma multa. E sabe, ou desconfia, que, no fundo, o objetivo não é diminuir acidentes”.

Para Bolsonaro, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) estava agindo por interesse de políticos antes do início de seu mandato e que o grande número de barreiras eletrônicas está ligada à arrecadação, e não à redução de acidentes.

“Decisão nossa: não teremos mais nenhuma nova lombada eletrônica no Brasil. As que existem, quando forem perdendo a validade, não serão renovadas. […] Vale lembrar que o DNIT estava, até pouco tempo, na mão de partidos políticos. Isso acabou e esse departamento está, agora, voltado para trabalhar 100% em benefício dos condutores”.

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