16/04/2018 11:00:00 - Atualizado em 16/04/2018 12:14:00

Atuação de milícias é principal hipótese para morte de Marielle, diz Jungmann

Redação/RedeTV! com Agência Brasil

(Foto: Reprodução/Facebook)

O ministro Raul Jungmann, do Ministério Extraordinário da Segurança Pública, afirmou nesta segunda-feira (16), em entrevista à rádio CBN, que a atuação de milícias é a principal hipótese para explicar a morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Pedro Gomes. O crime completou um mês no último sábado (14).

Segundo Jungmann, a Polícia Civil do Rio iniciou as investigações considerando várias possibilidades, mas acabou chegando a uma principal suspeita para explicar o caso. 

"Estão praticamente com uma ou duas pistas praticamente fechadas. E digo que, talvez hoje, apenas uma. E que eles [os investigadores] têm caminhado bastante. Essa [hipótese] mais provável é, até aqui, remete esse crime à atuação de milícias no Rio de Janeiro", afirmou. "Agora, os detalhes eu nem pergunto porque eu acredito que, numa investigação como essa, há um limite para você pressionar as equipes que estão trabalhando para desvendar esse crime".

O ministro ainda destacou que oito equipes estão responsáveis pela apuração do caso.

Até agora ninguém foi identificado como mandante ou executor dos assassinatos.

O caso

Marielle foi morta após participar um evento que reunia jovens negras, na Lapa, no centro do Rio, na noite de 14 de março. Ela estava com a assessora e o motorista do carro, que também faleceu, quando o veículo foi emparelhado foi outro e alvejado por ao menos 13 tiros. 

A vereadora foi atingida por quatro tiros na cabeça. Anderson, que era casado e tinha um filho pequeno, recebeu pelo menos três disparos nas costas. A assessora acabou atingida por estilhaços e não sofreu ferimentos mais graves. 

As primeiras pistas foram imagens das câmeras de segurança espalhadas pelo trajeto percorrido por Marielle e Anderson até a rua onde foram mortos, mas exatamente no local há um “ponto cego” das câmeras, que não gravaram o momento do assassinato.

A polícia chegou a apreender um carro em Ubá (MG) que poderia ter sido usado no crime, o que depois foi descartado. As balas recolhidas no local do crime foram analisadas. Identificou-se que a maior parte teria sido roubada de um carregamento da Polícia Federal há alguns anos, como anunciou o ministro extraordinário da Segurança Pública, Raul Jungmann. Até agora, não foi divulgado o resultado da análise das munições.

Marielle, de 38 anos, era uma conhecida ativista do movimento negro, defensora de minorias sociais e crítica da violência policial no Rio, além de ter sido a quinta vereadora mais votada nas eleições de 2016. Desde 28 de fevereiro, ela atuava como relatora de uma comissão da Câmara dos Vereadores criada para fiscalizar a intervenção federal no Rio.

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