27/05/2022 10:56:00

Ucrânia diz ter que 'encarar a realidade' e buscar diálogo com Vladimir Putin

Redação RedeTV!

Volodymyr Zelesnky fez a declaração para um centro de pesquisas políticas da Indonésia

(Foto: Reprodução/Twitter: @ZelenskyyUa)

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse nesta sexta-feira (27) que a Ucrânia precisa "encarar a realidade" e buscar um diálogo com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, para colocar um fim na guerra que já dura mais de três meses.

A fala do ucraniano aconteceu durante seu discurso em um centro de pesquisas políticas da Indonésia. Segundo Zelensky, seu povo não anseia por um debate com o russo, mas a medida é necessária.

"O que queremos com essa reunião? Queremos nossa vida de volta, queremos recuperar a vida de um país soberano dentro de seu próprio território", disse o presidente da Ucrânia.

A Rússia, por outro lado, não confirmou a existência de um diálogo e acusou a Ucrânia de ter paralisado as negociações para um acordo de paz.

Segundo o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, os ucranianos são "contraditórios". Enquanto não é encontrado o acordo, os ataques russos na Ucrânia continuam, principalmente na região Leste, onde movimentos separatistas já existiam antes da invasão atual.

Entenda o conflito entre Rússia e Ucrânia

A tensão entre os dois países é antiga. No fim de 2013, protestos populares fizeram com que o então presidente ucraniano Víktor Yanukóvytch, apoiado por Moscou, renunciasse. Na época, os ucranianos debatiam uma possível adesão à União Europeia.

Em 2014, a Rússia invadiu a Ucrânia e anexou o território da Crimeia, incentivando separatistas pró-Rússia desde então. Em 2015, foram firmados os Acordos de Minsk que decretavam um cessar-fogo, entre outros pontos, e proibiam Moscou de apoiar os rebeldes e Kiev deveria reconhecer Donetsk e Luhansk como províncias autônomas.

Apesar disso, o conflito continuou, o cessar-fogo não foi respeitado e cerca de 10 mil pessoas morreram desde então.

Em novembro de 2021, a Ucrânia se movimentou para fazer parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), a aliança militar criada após a Segunda Guerra Mundial. A Rússia se sentiu ameaçada e iniciou exercícios militares na fronteira com o país vizinho, exigindo que a nação nunca se torne um membro.

A tensão se estendeu e se agravou após o presidente russo reconhecer Donetsk e Luhansk como províncias independentes, causando sanções por parte do Ocidente e a invasão de 24 de fevereiro.

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