15/03/2022 09:22:00

Três milhões de pessoas deixaram a Ucrânia desde o início da invasão russa

Redação RedeTV!

Quase metade dos refugiados são crianças, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU)

(Foto: Divulgação/Acnur Brasil)

O número de refugiados da Ucrânia chegou a 3 milhões nesta terça-feira (14), de acordo com o Alto-comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur).

O número, ainda segundo a agência ligada à Organização das Nações Unidas (ONU), representa quase 7% da população do país.

Outro dado que chama a atenção é que desse total, quase metade são crianças. Segundo o levantamento do Fundo das Nações Unidas para a Infância,  são cerca de 1,4 milhão.

Ainda de acordo com o Acnur, a Polônia é o país que mais recebeu refugiados até o momento, com mais de 1 milhão de pessoas. Logo em seguida vem a Romênia, Hungria e Moldávia.

O líder do Acnur, Filippo Grandi, havia informado na semana passada que esse é o maior fluxo de exilados desde a Segunda Guerra Mundial.

Entenda o conflito entre Rússia e Ucrânia

A tensão entre os dois países é antiga. No fim de 2013, protestos populares fizeram com que o então presidente ucraniano Víktor Yanukóvytch, apoiado por Moscou, renunciasse. Na época, os ucranianos debatiam uma possível adesão à União Europeia.

Em 2014, a Rússia invadiu a Ucrânia e anexou o território da Crimeia, incentivando separatistas pró-Rússia desde então. Em 2015, foram firmados os Acordos de Minsk que decretavam um cessar-fogo, entre outros pontos, e proibiam Moscou de apoiar os rebeldes e Kiev deveria reconhecer Donetsk e Luhansk como províncias autônomas.

Apesar disso, o conflito continuou, o cessar-fogo não foi respeitado e cerca de 10 mil pessoas morreram desde então.

Em novembro de 2021, a Ucrânia se movimentou para fazer parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), a aliança militar criada após a Segunda Guerra Mundial. A Rússia se sentiu ameaçada e iniciou exercícios militares na fronteira com o país vizinho, exigindo que a nação nunca se torne um membro.

A tensão se estendeu e se agravou após o presidente russo reconhecer Donetsk e Luhansk como províncias independentes, causando sanções por parte do Ocidente e a invasão de 24 de fevereiro.

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