23/05/2022 10:40:00 - Atualizado em 23/05/2022 10:41:00

Soldado russo é condenado à prisão perpétua por crimes de guerra na Ucrânia

Redação RedeTV!

Vadim Shishimarin, de 21 anos, matou o civil ucraniano Oleksandr Shelipov, de 62 anos; ele havia se declarado culpado na semana passada

(Foto: AP)

O soldado russo acusado de cometer crimes de guerra na Ucrânia foi condenado à prisão perpétua nesta segunda-feira (23) por um tribunal ucraniano. Este foi o primeiro julgamento de um crime de guerra desde o início da invasão, em 24 de fevereiro.

Na ocasião, Vadim Shishimarin, de 21 anos, matou o civil Oleksandr Shelipov, de 62 anos, após receber ordem para atirar contra ele. O russo havia se declarado culpado pelo crime na semana passada e chegou a pedir desculpas pessoalmente para a esposa da vítima.

Segundo o juiz que ordenou a sentença, Shishimarin atirou diversas vezes contra a cabeça de Shelipov com uma arma automática. De acordo com a agência de notícias internacionais Reuters, o russo não mostrou qualquer tipo de emoção ao receber o veredito.

A Ucrânia acusa a Rússia de cometer diversos crime de guerra durante a invasão. Em Bucha, por exemplo, os ucranianos informaram que as forças russas deixaram diversos corpos de civis espalhados pelas ruas no período em que estavam controlando a região. Desde o início da “operação militar especial”, a Rússia negou que esteja atacando civis.

Entenda o conflito entre Rússia e Ucrânia

A tensão entre os dois países é antiga. No fim de 2013, protestos populares fizeram com que o então presidente ucraniano Víktor Yanukóvytch, apoiado por Moscou, renunciasse. Na época, os ucranianos debatiam uma possível adesão à União Europeia.

Em 2014, a Rússia invadiu a Ucrânia e anexou o território da Crimeia, incentivando separatistas pró-Rússia desde então. Em 2015, foram firmados os Acordos de Minsk que decretavam um cessar-fogo, entre outros pontos, e proibiam Moscou de apoiar os rebeldes e Kiev deveria reconhecer Donetsk e Luhansk como províncias autônomas.

Apesar disso, o conflito continuou, o cessar-fogo não foi respeitado e cerca de 10 mil pessoas morreram desde então.

Em novembro de 2021, a Ucrânia se movimentou para fazer parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), a aliança militar criada após a Segunda Guerra Mundial. A Rússia se sentiu ameaçada e iniciou exercícios militares na fronteira com o país vizinho, exigindo que a nação nunca se torne um membro.

A tensão se estendeu e se agravou após o presidente russo reconhecer Donetsk e Luhansk como províncias independentes, causando sanções por parte do Ocidente e a invasão de 24 de fevereiro.

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