Professor da USP é detido por atirar com arma de chumbinho nos EUA
Tatiana Fernandes - Redação RedeTV! com agênciasCarlos Portugal Gouvêa foi levado para a delegacia por realizar disparos próximos de uma sinagoga

(Foto: Reprodução/ Harvard Law School)
O professor da USP Carlos Portugal Gouvêa precisou se explicar para as autoridades de Brookline, em Massachusetts (EUA), depois de ter sido flagrado com uma arma de chumbinho próximo de uma sinagoga. As informações são da Jovem Pan.
Gouvêa foi denunciado por funcionários do templo que disseram às autoridades que o docente estava "efetuando disparos na direção do prédio". Segundo a polícia local, Gouvêa afirmou que não mirava no prédio religioso e que sua intensão era conseguir acertar em ratos próximos à sua casa, que é vizinha da sinagoga.
Na delegacia, ele prestou depoimento e acabou liberado, mas deve responder a um processo pelo ocorrido, de acordo com a Jovem Pan.
Carlos Portugal Gouvêa é docente da Faculdade de Direito da USP desde 2011, com atuação em Direito Empresarial, Contratos e Governança Corporativa. Doutor por Harvard, também foi pesquisador visitante em Yale e professor convidado na própria Harvard, duas das instituições jurídicas mais prestigiadas dos Estados Unidos, reporta a publicação.
USP divulga nota de esclarecimento
A Faculdade de Direito da USP divulgou uma nota de esclarecimento sobre o caso explicando que se tratou de "evento doméstico, ocorrido nos Estados Unidos", que, segundo a instituição, "ganhou dimensões desproporcionais em razão de, supostamente, ter conotações antissemitas".
No texto, assinado pelo Diretor Celso Fernandes Campilongo, a faculdade ressalta que a Sinagoga vizinha ao local do incidente divulgou nota pública afastando "por completo, ter se tratado de ocorrência antissemita". Além disso, a instituição afirma que o professor "tem afinidades, inclusive laços familiares, com a comunidade judaica" e um "histórico posicionamento em defesa dos Direitos Humanos".
A nota finaliza registrando a competência, dedicação e profissionalismo do professor em sua atividade acadêmica e repudiando as "insinuações maldosas e distorcidas" lançadas contra o docente.
Sinagoga também se pronuncia
Já a Sinagoga Templo Beth Zion (TBZ), vizinha ao local do incidente, informou que, após o incidente, que resultou na detenção de Gouvêa, "não há razão para acreditar que este foi um evento antissemita". A sinagoga confirmou que nenhuma pessoa ficou ferida e que a ocorrência está sendo tratada como um ato de "perturbação da paz" e "dano à propriedade".
Veja a íntegra da nota da Sinagoga.
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