Modelo da Playboy é encontrada morta um ano após denunciar gigante rede de tráfico e pedofilia

Em suas redes sociais, Natacha Jaitt, de 41 anos, avisou sobre ameças que vinha recebendo

(Foto: Reprodução/Instagram)

Um ar de mistério ronda a morte da atriz e modelo argentina da Playboy, Natacha Jaitt, de 41 anos, encontrada sem vida, na madrugada do último sábado (23). Ela foi vista nua na cama de um complexo localizado no bairro La ñata, na Argentina, cercada de resíduos de cocaína, após participar de uma festa.

Apesar de, inicialmente, parecer que a morte foi resultado de uma overdose, de acordo com o jornal Clarín, a mãe da modelo, Aliza Damiani, acredita que tudo se trata de um assassinato premeditado, já que Natacha vinha sofrendo ameaças frequentemente. 

Isso porque, há uma ano, a atriz denunciou uma rede de tráfico humano e pedofilia, envolvendo pessoas de poder, como políticos, profissionais do esporte e de meios de comunicação. 

"Nós nos preocupávamos enormemente com o que poderia acontecer com ela por todas as denúncias que fez. Todos nós a alertamos sobre esse ponto, mas era impossível pará-la porque tinha uma convicção muito forte", disse a mãe da modelo à rádio local LT9. "Ela tinha uma inteligência extraordionária. Seu legado tem que ter relação com a Natacha solidária, sensível, lutadora, com bom coração e sempre presente", continuou.

Em abril de 2018, em seu Twitter, Natacha Jaitt falou sobre o uso de crianças vítimas de redes de tráfico e pedofilia por membros de meios de comunicação e da política. "Lamentavelmente, se eu morrer tentando, quero dizer a vocês que (...), se houver dúvidas, deixei guardado um pendrive, não na minha casa, mas nas mãos de um NN guardado para vir à luz".

No dia seguinte, a atriz teria deixado um aviso na mesma rede social. "Nao vou me suicidar, não vou sair do mercado e me afogar em uma banheira. Assim, se isso acontecer, não fui eu. Guardem esse tuíte", escreveu. Mas a mensagem já não está mais em sua página.

De acordo com veículos de comunicação argentinos, exames preliminares atestaram que a vítima não apresenta sinais de violência corporal e tem resquícios de cocaína nas narinas.