Manifestantes protestam exigindo respostas sobre explosões em Beirute
Redação/RedeTV! com AgênciasGrupo se concentra em frente ao parlamento
(Foto: AP)
Um grupo de manifestantes saiu nas ruas de Beirute neste sábado (8) para exigir respostas sobre a violenta explosão que aconteceu na última terça-feira (4) na zona portuária de capital libanesa.
Cerca de 5 mil pessoas se reuniram na Praça dos Mártires. A polícia fez barreiras e utilizou bombas de gás para tentar conter o grupo que avançou para o Parlamento.
Apelidado de “Dia do Julgamento”, os ativistas que organizam os protestos pedem que os responsáveis sejam punidos. "Depois de três dias limpando os escombros e curando nossas feridas, é hora de deixar nossa raiva esvair e puni-los por matar pessoas", disse Farès al-Hablabi, de 28 anos.
Tragédia
O Ministério da Saúde do Líbano revisou para 154 o número de mortos na explosão que devastou o porto de Beirute na última terça-feira (4). O balanço divulgado na sexta (7) falava em 157 vítimas.
Ainda de acordo com o governo, 60 pessoas continuam desaparecidas, e outras 5 mil ficaram feridas, sendo 120 em estado grave. Dos 154 mortos, pelo menos 43 eram sírios, de acordo com a Embaixada de Damasco em Beirute.
"Estamos encontrando fragmentos de corpos, mas ainda esperamos achar sobreviventes", disse à ANSA o general Jean Nohra, responsável pelas operações de socorro no Exército do Líbano.
A principal suspeita é de que a explosão tenha sido provocada pela detonação de 2.750 toneladas de nitrato de amônio que haviam sido apreendidas pelo país seis anos antes. No entanto, o presidente Michel Aoun não descartou a hipótese de uma "ação externa", como "mísseis ou bombas".
Doações
A comunidade internacional fará neste domingo (9) uma conferência para arrecadar doações para o Líbano, que antes da explosão já enfrentava uma grave crise econômica.
Os presidentes da França, Emmanuel Macron, e dos Estados Unidos, Donald Trump, já confirmaram presença - o mandatário francês foi o primeiro líder internacional a visitar Beirute após a tragédia e disse querer "coordenar" a ajuda estrangeira para o país.
Já o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, desembarcou na capital libanesa neste sábado (8). (ANSA)
(Foto: AP)
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