08/08/2020 12:49:00 - Atualizado em 08/08/2020 12:49:00

Manifestantes protestam exigindo respostas sobre explosões em Beirute

Redação/RedeTV! com Agências

Grupo se concentra em frente ao parlamento

(Foto: AP)

Um grupo de manifestantes saiu nas ruas de Beirute neste sábado (8) para exigir respostas sobre a violenta explosão que aconteceu na última terça-feira (4) na zona portuária de capital libanesa.

Cerca de 5 mil pessoas se reuniram na Praça dos Mártires. A polícia fez barreiras e utilizou bombas de gás para tentar conter o grupo que avançou para o Parlamento.

Apelidado de “Dia do Julgamento”, os ativistas que organizam os protestos pedem que os responsáveis sejam punidos. "Depois de três dias limpando os escombros e curando nossas feridas, é hora de deixar nossa raiva esvair e puni-los por matar pessoas", disse Farès al-Hablabi, de 28 anos.

Tragédia 

O Ministério da Saúde do Líbano revisou para 154 o número de mortos na explosão que devastou o porto de Beirute na última terça-feira (4). O balanço divulgado na sexta (7) falava em 157 vítimas.

Ainda de acordo com o governo, 60 pessoas continuam desaparecidas, e outras 5 mil ficaram feridas, sendo 120 em estado grave. Dos 154 mortos, pelo menos 43 eram sírios, de acordo com a Embaixada de Damasco em Beirute.

"Estamos encontrando fragmentos de corpos, mas ainda esperamos achar sobreviventes", disse à ANSA o general Jean Nohra, responsável pelas operações de socorro no Exército do Líbano.

A principal suspeita é de que a explosão tenha sido provocada pela detonação de 2.750 toneladas de nitrato de amônio que haviam sido apreendidas pelo país seis anos antes. No entanto, o presidente Michel Aoun não descartou a hipótese de uma "ação externa", como "mísseis ou bombas".

Doações

A comunidade internacional fará neste domingo (9) uma conferência para arrecadar doações para o Líbano, que antes da explosão já enfrentava uma grave crise econômica.

Os presidentes da França, Emmanuel Macron, e dos Estados Unidos, Donald Trump, já confirmaram presença - o mandatário francês foi o primeiro líder internacional a visitar Beirute após a tragédia e disse querer "coordenar" a ajuda estrangeira para o país.

Já o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, desembarcou na capital libanesa neste sábado (8). (ANSA)  

(Foto: AP)

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