20/01/2021 13:56:00 - Atualizado em 20/01/2021 14:04:00

Joe Biden toma posse como 46º presidente dos Estados Unidos

Ansa com Agência Brasil

Evento conta com presença de ex-presidentes norte-americano

(Foto: Reprodução/ AP) 

O democrata Joe Biden, 78 anos, tomou posse nesta quarta-feira (20) como 46º presidente dos Estados Unidos da América.

Eleito com uma votação recorde em novembro passado - 81,268 milhões de americanos escolheram seu nome nas urnas -, Biden é o mais velho chefe de Estado na história do país e chega à Casa Branca com a promessa de romper com as políticas de Donald Trump.

"Eu juro solenemente que vou executar fielmente as funções de presidente dos Estados Unidos e farei meu melhor para preservar, proteger e defender a Constituição dos Estados Unidos. Que Deus me ajude", disse o novo presidente. 

O evento conta com a presença dos ex-presidentes Barack Obama, George W. Bush e Bill Clinton.Jimmy Carter não compareceu por problemas de saúde e Donald Trump não quis comparecer ao evento. Porém, Mike Pence era uma das presenças. (ANSA).

Donald Trump

Nesta terça-feira (19), Donald Trump exibiu um vídeo com seu discurso de despedida, divulgado no canal da Casa Branca no YouTube. Trump disse que encerra seu mandato como 45º presidente dos EUA orgulhoso de sua gestão. "Nós fizemos o que viemos aqui para fazer - e muito mais".

Trump desejou que a administração de Joe Biden mantenha “a América a salvo e próspera". "Nós estendemos nossos melhores desejos e também queremos que eles tenham sorte - uma palavra muito importante."

O presidente também falou sobre o ataque ao Capitólio. "Todos os americanos ficaram horrorizados com o ataque ao nosso Capitólio. Violência política é um ataque a tudo que celebramos como americanos. Nunca pode ser tolerada."

Invasão do Capitólio

A vitória de Biden foi confirmada pelo Congresso norte-americano no dia 7 de janeiro. Biden teve 306 votos confirmados contra 232 para Donald Trump.

No dia anterior, logo após o início da sessão para confirmação dos votos, o Capitólio, sede do Parlamento norte-americano, foi invadido por manifestantes, em uma ação que resultou na morte de cinco pessoas, sendo uma delas um policial, e mais de 50 detidos. A Guarda Nacional precisou intervir para que a sessão conjunta entre Câmara e Senado, que foi suspensa com a invasão, pudesse ser retomada. Washington declarou toque de recolher.

Donald Trump disse por meio das redes sociais que a transição desta quarta-feira será pacífica, apesar de novamente falar em fraude no processo eleitoral. No dia 13, Trump foi acusado formalmente de incitar uma insurreição contra o governo dos Estados Unidos e a Câmara dos Representantes (equivalente à Câmara dos Deputados no Brasil) abriu um processo de impeachment contra presidente sete dias antes dele deixar o cargo.

As eleições americanas ocorreram no dia 24 de outubro, mas, este ano, a disputa foi acirrada e o resultado oficial ocorreu praticamente com a confirmação do resultado pelo Congresso. Nos Estados Unidos, cada estado tem autonomia e o anúncio oficial de cada uma das unidades federativas deve ser feito até dia 14 de dezembro, quando o Colégio Eleitoral confirma um vencedor a partir da somatória do número de delegados de cada estado – que varia de 3 a 55 – são esses delegados que escolhem o vencedor do pleito. Os votos de delegados vão para o partido que receber 50% dos votos mais um.

Tradicionalmente, os principais veículos de mídia dos Estados Unidos antecipam o vencedor e, normalmente, os próprios candidatos “confiam” nesta apuração informal e “aceitam” a derrota ou “comemoram” a vitória.

Donald Trump sustentou desde a divulgação desse resultado preliminar que houve fraude nas eleições e apresentou diversos recursos e ações judiciais para recontagem em vários estados alegando, por exemplo, que os votos enviados pelo correio estariam sujeitos a adulterações. No entanto, Trump não conseguiu nem uma vitória nos tribunais.

Internacionalmente alguns chefes de Estado preferiram esperar uma definição mais clara da situação eleitoral para cumprimentar Biden, como foi o caso da China, da Rússia e do Brasil.

O comunicado do governo brasileiro foi feito um dia depois da votação do Colégio Eleitoral que confirmou a eleição do democrata como próximo presidente norte-americano. “Estarei pronto a trabalhar com vossa excelência e dar continuidade à construção de uma aliança Brasil-EUA, na defesa da soberania, da democracia e da liberdade em todo o mundo, assim como na integração econômico-comercial em benefício dos nossos povos", disse o presidente Jair Bolsonaro na ocasião.

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