Invasão russa causou prejuízo de US$ 565 bilhões à Ucrânia, diz ministra da Economia

Yulia Svyrydenko ainda comentou que a Rússia sentirá a severidade das suas próprias ações criminosas

(Foto: Reprodução/Facebook)

A ministra da Economia da Ucrânia, Yulia Svyrydenko, informou nesta segunda-feira (28) que a invasão russa causou um prejuízo de US$ 564,9 bilhões.

• - US$ 119 bilhões – perda de infraestrutura (quase 8.000 km de estradas, dezenas de estações ferroviárias, aeroportos destruídos e danificados);
• - US$ 112 bilhões – perdas do PIB em 2022;
• - US$ 90,5 bilhões – perdas sofridas pela população civil (10 milhões de metros quadrados de moradias, 200.000 carros e segurança alimentar para 5 milhões de pessoas);
• - $ 80 bilhões – perdas de empresas e organizações;
• - $ 54 bilhões – perdas de investimento direto na economia ucraniana; e
• - $ 48 bilhões – perdas do orçamento do Estado.

“Vale ressaltar que a cada dia os números mudam e, infelizmente, estão aumentando. É por isso que a Ucrânia, apesar de todos os obstáculos, vai buscar uma cobrança dos pagamentos de indenização do agressor. Tanto por decisões judiciais, como por transferência para o nosso estado congelados em bens russos”, escreveu Yulia em sua página no Facebook.

Ela ainda comentou que a Rússia será punida definitivamente e sentirá a severidade das suas próprias ações criminosas na Ucrânia.

Entenda o conflito entre Rússia e Ucrânia

A tensão entre os dois países é antiga. No fim de 2013, protestos populares fizeram com que o então presidente ucraniano Víktor Yanukóvytch, apoiado por Moscou, renunciasse. Na época, os ucranianos debatiam uma possível adesão à União Europeia.

Em 2014, a Rússia invadiu a Ucrânia e anexou o território da Crimeia, incentivando separatistas pró-Rússia desde então. Em 2015, foram firmados os Acordos de Minsk que decretavam um cessar-fogo, entre outros pontos, e proibiam Moscou de apoiar os rebeldes e Kiev deveria reconhecer Donetsk e Luhansk como províncias autônomas.

Apesar disso, o conflito continuou, o cessar-fogo não foi respeitado e cerca de 10 mil pessoas morreram desde então.

Em novembro de 2021, a Ucrânia se movimentou para fazer parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), a aliança militar criada após a Segunda Guerra Mundial. A Rússia se sentiu ameaçada e iniciou exercícios militares na fronteira com o país vizinho, exigindo que a nação nunca se torne um membro.

A tensão se estendeu e se agravou após o presidente russo reconhecer Donetsk e Luhansk como províncias independentes, causando sanções por parte do Ocidente e a invasão de 24 de fevereiro.

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