Grupos rebeldes anunciam a tomada de poder na Síria, diz agências internacionais
Redação Rede TV com pesquisa gerada por IAO paradeiro de Bashar al-Assad, que estava no comando do país desde 2000, é incerto
(Foto: Reprodução Agência EFE)
A Síria retorna ao protagonismo do cenário internacional com o anúncio da queda do comando de Bashar al-Assad, que estava no poder desde 2000, ao suceder seu pai Hafez al-Assad, que governou o país por quase 30 anos. O anúncio da tomada do comando da Síria por grupos rebeldes foi confirmada por agências internacionais como a Reuters.
Segundo o noticiário da agência alemã Deutsche Welle, reproduzido no UOL, a ofensiva de grupos rebeldes que derrubou o regime do presidente da Síria, Bashar al-Assad, foi liderada por Abu Mohammed al-Jolani, chefe do grupo islamista Organização para a Libertação do Levante (Hayat Tahrir al-Sham, ou HTS).
O HTS é a maior das milícias insurgentes que lutam na guerra civil da Síria. Suas origens estão na organização terrorista Al Qaeda, e ela também é considerada um grupo terrorista pelos Estados Unidos, pela União Europeia e pela Turquia.
Onde está Bashar al-Assad?
(Foto: Reprodução Agência EFE)
De acordo com a Reuters, a Rússia confirmou neste domingo (08) que o líder da Síria renunciou ao cargo e deixou o país. No comunicado Bashar al-Assad teria deixado "instruções para que haja uma transferência pacífica de poder".
A Rússia não deu informações sobre o paradeiro de al-Assad, de acordo com a agência.
Quem é Abu Mohammed al-Jolani?
Abu Mohammed al-Jolani é o líder do Hay'at Tahrir al-Sham (HTS), um grupo jihadista ativo na Síria. Ele é conhecido por sua liderança e por seu envolvimento em atividades extremistas no contexto da guerra civil síria. Seu nome verdadeiro é Ahmad al-Shara, mas ele ficou famoso por seu pseudônimo, Abu Mohammed al-Jolani.
Jolani foi um dos principais líderes do Jabhat al-Nusra (Frente al-Nusra), que foi inicialmente estabelecido como uma filial da Al-Qaeda na Síria. Durante a guerra civil síria, o grupo se envolveu em combates contra o regime de Bashar al-Assad, além de também ter enfrentado outros grupos rebeldes e forças curdas.
Em 2016, o Jabhat al-Nusra mudou de nome para Jabhat Fateh al-Sham, como parte de um movimento de desvinculação da Al-Qaeda. Eventualmente, o grupo passou a ser conhecido como Hay'at Tahrir al-Sham, um conglomerado de facções jihadistas em Idlib, no noroeste da Síria, que permanece sob o comando de Jolani.
Jolani tem sido uma figura central nas operações jihadistas na Síria e é uma das pessoas mais procuradas por governos ocidentais, especialmente os Estados Unidos, que oferecem recompensas por informações que levem à sua captura. Ele também tem se posicionado como um líder muçulmano, tentando ganhar apoio entre as populações locais, ao mesmo tempo que mantém uma agenda radical.
Apesar das tentativas de distanciamento da Al-Qaeda, Jolani e Hay'at Tahrir al-Sham continuam a ser considerados no cenário global como pertencentes a grupos terroristas.
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