22/02/2019 13:16:00 - Atualizado em 22/02/2019 18:43:00

Confronto na fronteira da Venezuela deixa vítima e feridos

Redação/RedeTV! com Agências

Venezuela teve confronto armado após fechar fronteira com Brasil

Militares venezuelanos dispararam contra um bloqueio realizado por um grupo de indígenas de etnia Pemon, em Gran Sabana, perto da fronteira com o Brasil, informaram nesta sexta-feira (22) fontes locais. Há relatos de pelo menos dois mortos e 15 feridos. 

A vítima seria uma mulher identificada como Zorayda Rodriguez, de 42 anos, segundo o deputado opositor Américo de Grazia. A informação foi divulgada pela oposição liderada por Juan Guaidó, autoproclamado presidente interino.

O grupo indígena vive no povoado de Kumarakapay, na região de Gran Sabana, estado de Bolívar, no sul da Venezuela. O confronto com os militares venezuelanos começou porque os índios defendiam a entrada da ajuda humanitária internacional.

Segundo informações da Secretaria de Saúde de Roraima, os feridos foram socorridos e levados para Boa Vista, a cerca de 200 km do local. A fronteira foi aberta para a passagem das ambulâncias com as vítimas.

A Venezuela deveria receber doações de alimentos e remédios, enviados por vários países, mas o governo do ditador Nicolás Maduro impede que as missões internacionais entrem no país. Ele ordenou ontem (21) o fechamento da fronteira com o Brasil.

Ajuda humanitária

O governo de Nicolás Maduro ordenou ontem (21) o fechamento da fronteira da Venezuela com o Brasil para impedir a distribuição de ajuda humanitária, como alimentos e remédios doados por vários países que não reconhecem mais a Presidência do sucessor de Hugo Chávez.

O sábado (23) está sendo considerado o "dia D" neste processo de tentativa de ajuda à Venezuela. Essa é a data em que o autoproclamado presidente da Venezuela, o deputado opositor Juan Guaidó, marcou para a entrada de ajuda humanitária no país. As doações chegarão por dois pontos: a cidade de Cúcuta, na Colômbia, e Roraima, no Brasil. 

Os donativos ficarão do lado estrangeiro da fronteira, e veículos venezuelanos deverão se aproximar para pegar os insumos. No entanto, com a fronteira fechada, isso pode não acontecer - elevando a tensão.

Apesar do fechamento da fronteira, o governo de Jair BOlsonaro decidiu manter o envio da missão humanitária.

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