Bombardeio mata ao menos 13 em Dnipropetrovsk, na Ucrânia
Redação RedeTV!Rússia afirma que desde o início da invasão não tem civis como alvos da 'operação militar especial'
(Foto: Divulgação/Ministério da Defesa da Rússia)
Um bombardeio russo matou ao menos 13 pessoas na região de Dnipropetrovsk, na Ucrânia, nesta quarta-feira (10), informou o governador Valetyn Reznychenko. As informações são da Reuters.
Ainda segundo o governador, o ataque também deixou mais de 20 prédios danificados em Marganets, cidade que está do outro lado do rio Dnipro da usina nuclear de Zporizhzhya, comandada pelos russos há meses.
O bombardeio deixou milhares de pessoas sem energia elétrica, já que uma linha de energia também ficou completamente destruída.
Desde o início da guerra, a Rússia diz que não tem civis como alvos da “operação militar especial”. Apesar disso, milhares de pessoas já morreram no confronto que dura quase seis meses.
Entenda o conflito entre Rússia e Ucrânia
A tensão entre os dois países é antiga. No fim de 2013, protestos populares fizeram com que o então presidente ucraniano Víktor Yanukóvytch, apoiado por Moscou, renunciasse. Na época, os ucranianos debatiam uma possível adesão à União Europeia.
Em 2014, a Rússia invadiu a Ucrânia e anexou o território da Crimeia, incentivando separatistas pró-Rússia desde então. Em 2015, foram firmados os Acordos de Minsk que decretavam um cessar-fogo, entre outros pontos, e proibiam Moscou de apoiar os rebeldes e Kiev deveria reconhecer Donetsk e Luhansk como províncias autônomas.
Apesar disso, o conflito continuou, o cessar-fogo não foi respeitado e cerca de 10 mil pessoas morreram desde então.
Em novembro de 2021, a Ucrânia se movimentou para fazer parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), a aliança militar criada após a Segunda Guerra Mundial. A Rússia se sentiu ameaçada e iniciou exercícios militares na fronteira com o país vizinho, exigindo que a nação nunca se torne um membro.
A tensão se estendeu e se agravou após o presidente russo reconhecer Donetsk e Luhansk como províncias independentes, causando sanções por parte do Ocidente e a invasão de 24 de fevereiro.
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