17/11/2018 16:28:00 - Atualizado em 17/11/2018 21:18:00

Argentina alega falta de recursos para resgate de submarino no mar

Redação RedeTV! e ANSA

Oscar Aguard, ministro de Defesa da Argentina, admitiu neste sábado (17) que o país não tem recursos para fazer o resgate do submarino ARA San Juan, que estava desaparecido há um ano e foi localizado na sexta-feira (16) no fundo do Oceano Atlântico.

“Não tínhamos nem os meios para encontrá-los, também não temos veículos de inspeção para descer nessa profundidade. Nem temos equipamento para extrair uma embarcação com essas características“, disse o ministro em entrevista coletiva. 

Aguad acrescentou que uma possível retirada do equipamento também depende de autorizações judiciais, principalmente porque a retiradas dos "escombros" irá violar qualquer possibilidade de perícia para determinar as causas do acidente.

A retirada do submarino é uma das exigências feitas pelos familiares dos 44 tripulantes que estavam a bordo do submarino quando ele desapareceu. Mais cedo, a marina argentina informou que a embarcação “implodiu” quando perdeu a comunicação, em novembro de 2017. 

A empresa encarregada de fazer as buscas informou na sexta-feira (16) à Marinha Argentina que um objeto foi detectado a 800 metros de profundidade e com aproximadamente 60 metros de comprimento.

A embarcação está em uma região de cânions, espécie de rios submarinos, a 600 km da cidade de Comodoro Rivadavia. A confirmação do Ministério da Defesa foi feita neste sábado (17), no Twitter da Marinha argentina. 

O casco do submarino está "totalmente deformado, desarticulado, devido a uma explosão", declarou o capitão Gabriel Eduardo Attis, comandante da base naval de Mar del Plata.

Durante coletiva de imprensa, Attis explicou que a hélice está parcialmente submersa e há sucatas dentro de um raio de 70 metros. Além disso, o ARA San Juan ficou alojado em uma depressão de 907 metros após perder a comunicação, no ano passado, o que fez que ele não fosse encontrado pelos radares.    

Na quinta-feira (15), um ano após o misterioso desaparecimento do ARA San Juan, os 44 tripulantes foram homenageados na cidade de Mar del Plata, a 400 quilômetros ao sul de Buenos Aires.

O presidente argentino, Mauricio Macri, esteve presente na cerimônia, e assegurou que a busca pelo submarino não seria abandonada. “Não vamos sair, vamos continuar procurando até que possamos realmente encontrar. Vocês não estão sozinhos”, disse Macri.

O submarino ARA San Juan teve sua última comunicação nas primeiras horas do dia 15 de novembro de 2017, quando o comandante informou aos seus superiores que a embarcação apresentava princípios de incêndio em um comportamento de baterias. 

Recomendado para você

Comentários