Ao menos 925 civis morreram por conta da guerra na Ucrânia, diz ONU
Redação RedeTV!Segundo o ministro da Defesa ucraniano, mais de 150 crianças morreram por conta dos ataques russos
(Foto: AP)
O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) informou, em nova atualização divulgada nesta segunda-feira (21), que ao menos 925 civis morreram desde o início da guerra iniciada pela Rússia na Ucrânia, em 24 de fevereiro.
Ainda de acordo com a agência ligada à Organização das Nações Unidas (ONU), o número pode ser ainda maior, já que ainda não conseguiram verificar as vítimas de várias cidades mais afetadas pelo conflito, como Mariupol.
Para deixar a situação ainda mais dramática, o ministro da Defesa ucraniano, Oleskii Reznikov, disse que mais de 150 crianças morreram por conta dos ataques russos.
"Eles estão cometendo um ato real de genocídio na Ucrânia”, disso o ministro em um discurso.
Segundo o ACNUDH, a maioria das mortes foi causada por explosões de bombas, bombardeios de artilharia pesada, mísseis, ataques aéreos e lançamento múltiplo de foguetes.
Entenda o conflito entre Rússia e Ucrânia
A tensão entre os dois países é antiga. No fim de 2013, protestos populares fizeram com que o então presidente ucraniano Víktor Yanukóvytch, apoiado por Moscou, renunciasse. Na época, os ucranianos debatiam uma possível adesão à União Europeia.
Em 2014, a Rússia invadiu a Ucrânia e anexou o território da Crimeia, incentivando separatistas pró-Rússia desde então. Em 2015, foram firmados os Acordos de Minsk que decretavam um cessar-fogo, entre outros pontos, e proibiam Moscou de apoiar os rebeldes e Kiev deveria reconhecer Donetsk e Luhansk como províncias autônomas.
Apesar disso, o conflito continuou, o cessar-fogo não foi respeitado e cerca de 10 mil pessoas morreram desde então.
Em novembro de 2021, a Ucrânia se movimentou para fazer parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), a aliança militar criada após a Segunda Guerra Mundial. A Rússia se sentiu ameaçada e iniciou exercícios militares na fronteira com o país vizinho, exigindo que a nação nunca se torne um membro.
A tensão se estendeu e se agravou após o presidente russo reconhecer Donetsk e Luhansk como províncias independentes, causando sanções por parte do Ocidente e a invasão de 24 de fevereiro.
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