14/01/2019 13:18:00 - Atualizado em 14/01/2019 15:41:00

"Agora sei que vou para a prisão", diz Battisti na Itália

Ansa com Agência Brasil

(Foto: Divulgação/Polizia di Stato)

"Agora sei que irei para a prisão", disse Cesare Battisti a agentes do grupo antiterrorismo que o receberam na manhã desta segunda-feira (14) no Aeroporto de Ciampino, em Roma. 

O italiano pareceu estar conformado com a sua prisão e agradeceu o tratamento que recebeu dos agentes, além das roupas extras que lhe deram durante o voo para encarar as baixas temperaturas do inverno europeu.

Por volta das 17h25 (horário local), ele chegou ao centro de detenção de Massama, no interior de Oristano, na região da Sardenha, para cumprir prisão perpétua. O italiano estava a bordo de uma van seguida de outros 15 carros de polícia.

Battisti, 64 anos, chegou nesta segunda-feira (14) ao aeroporto de Ciampino, em Roma. Vestindo calça jeans e uma jaqueta marrom, ele desceu do avião sem algemas e foi recebido por agentes do grupo operacional móvel da polícia penitenciária.

Logo depois, Battisti foi levado para a prisão de Rebibbia, na capital italiana, onde será colocado na ala de segurança máxima para cumprir pena de prisão perpétua.

Battisti foi capturado no último sábado (12) nas ruas de Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, por agentes bolivianos em parceria com italianos. Segundo um vídeo feito no momento da prisão, ele usava barba, óculos de sol, jeans e camiseta azul. Não mostrou resistência, não apresentou documentos e respondeu a algumas perguntas em português.

Condenado à prisão perpétua na Itália, Battisti foi sentenciado pelo assassinato de quatro pessoas na década de 1970, quando integrava o grupo Proletários Armados pelo Comunismo, um braço das Brigadas Vermelhas. Ele se diz inocente. Para as autoridades brasileiras, é considerado terrorista.

No Brasil desde 2004, o italiano foi preso três anos depois. O governo da Itália pediu sua extradição, aceita pelo Supremo Tribunal Federal. Contudo, no último dia de seu mandato, em dezembro de 2010, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu que Battisti deveria ficar no Brasil.

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